
Foto: FNP
A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) está pressionando a Petrobrás para que dê solução urgente aos recorrentes “calotes” de terceirizadas junto aos trabalhadores. No momento, a entidade cobra do RH da estatal que use as retenções contratuais da terceirizada LCD, que, com o fim do contrato com o Sistema Petrobrás, não efetuou o pagamento de salários e verbas rescisórias dos trabalhadores demitidos.
A entidade esclarece que, em contratos firmados pela Petrobrás, existe um percentual de retenção mensal (que pode variar de 1% a 5%) justamente para garantir o pagamento de direitos trabalhistas em situações de crise.
De acordo com a federação, com o vencimento da maioria dos contratos do compartilhado de engenharia em agosto, os casos se multiplicam.
“Recentemente, conseguimos evitar atrasos no pagamento de salários, vale-alimentação e plano de saúde, mas agora estamos diante de um cenário de rescisões, sem quitação. É inaceitável”, afirmou o diretor do Sindipetro Litoral Paulista (LP) e da FNP, Fábio Mello.
Segundo ele, os sindicatos já encaminharam um ofício ao RH da Petrobrás solicitando urgência na resolução do problema e uma busca no diálogo direto com os gestores responsáveis pelos contratos de empresas terceirizadas.
“Queremos que o mesmo procedimento adotado no caso da Provac se repita com a LCD. Nossa cobrança é para que a Petrobrás libere esses valores retidos e garanta o pagamento imediato aos trabalhadores”, disse o sindicalista.
A entidade ressalta que esses casos de “calote” das terceirizadas ocorre pela falta de fiscalização dos contratos, acarretando precarização das condições de trabalho, baixos salários, benefícios cada vez mais reduzidos ou até nenhuma garantia para os trabalhadores.
Fonte: https://horadopovo.com.br/federacao-denuncia-calote-de-terceirizada-e-cobra-acao-da-petrobras/