
O Fundo Amazônia celebrou 17 anos de existência nesta terça-feira (12) com o anúncio de uma injeção financeira de R$ 210 milhões. Desse total, R$ 150 milhões serão direcionados ao programa União com os Municípios pela Redução de Desmatamento e Incêndios Florestais. Segundo João Paulo Capobianco, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), os recursos beneficiarão 48 municípios qualificados na região amazônica, selecionados entre 70 áreas prioritárias para ações ambientais. “Há uma mobilização conjunta de todos os setores da sociedade e das esferas governamentais para enfrentarmos esse desafio significativo”, afirmou Capobianco.
Os R$ 60 milhões restantes serão aplicados no projeto Prospera na Floresta, que apoia comunidades tradicionais no desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis, como ecoturismo e bioeconomia. “A aspiração é que, progressivamente, esses recursos possam ser menos utilizados para fortalecimento institucional e mais aplicados em bioeconomia, indústria florestal sustentável e pesquisas científicas para o desenvolvimento regional“, explicou a ministra Marina Silva.
Contexto Histórico
O anúncio foi realizado em Manaus, durante evento onde Tereza Campello, diretora Socioambiental do BNDES, apresentou um balanço operacional dos 17 anos do fundo, administrado pela instituição financeira.
Campello atribuiu a longevidade do Fundo Amazônia aos resultados concretos na preservação florestal e ao modelo de gestão compartilhada, supervisionado pelo Comitê Orientador do Fundo Amazônia (COFA).
Este colegiado, formado por representantes de ministérios, governos estaduais e organizações da sociedade civil, decide por consenso a alocação dos recursos provenientes de doações internacionais. “Construímos uma estrutura de governança que se tornou uma das principais forças do fundo, garantindo a confiança dos doadores ao longo dos anos“, destacou Tereza Campello.
A gestora ressaltou que, até 2018, 0 fundo aplicava em média R$ 300 milhões anuais na região. Houve uma interrupção nas liberações entre 2019 e 2022, com retomada expressiva em 2023 e um aumento substancial em 2025, quando os desembolsos ultrapassaram R$ 1 bilhão – com projeção de crescimento até o final do ano.
Parcerias Internacionais
Além da Noruega, principal contribuinte histórica, o fundo recebe apoio da Alemanha, Estados Unidos, Irlanda, Japão, Reino Unido, Dinamarca e Suíça.
Com a expansão da carteira de doadores, o volume médio de investimentos saltou para mais de R$ 1 bilhão nos últimos 32 meses.
“Esses países mantêm suas contribuições porque estamos demonstrando resultados efetivos. A redução do desmatamento nos permite não apenas ampliar a captação, mas também expandir a distribuição desses recursos”, finalizou Capobianco.
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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/08/fundo-amazonia-completa-17-anos-com-novo-aporte-de-r-210-milhoes-para-combate-ao-desmatamento/