
Quando se fala em sangue, a maioria das pessoas pensa automaticamente na cor vermelha. No entanto, no reino animal, essa não é a única tonalidade possível. Diversas espécies desenvolveram pigmentos diferentes para transportar oxigênio, o que resulta em cores bem distintas da que estamos habituados.
A seguir, você vai conhecer 8 animais com sangue de coloração diferente do vermelho.
8 bichos da natureza que têm sangue colorido e você não sabia
Caranguejo-ferradura (Limulus polyphemus)
- Sangue: azul.
Este artrópode marinho é conhecido como límulo, porém é mais popularmente chamado de caranguejo-ferradura. Contudo, ele pertence à classe Merostomata, estando mais próximo de aranhas e escorpiões do que dos caranguejos comuns. Considerado um fóssil vivo, seu grupo ancestral existe há mais de 445 milhões de anos, com poucas mudanças evolutivas ao longo do tempo.
Seu corpo é dividido em três partes: uma carapaça frontal em forma de ferradura, uma parte central articulada e uma cauda. Ele vive em águas rasas e fundos arenosos da costa leste dos Estados Unidos.
Em relação ao sangue, o caranguejo-ferradura apresenta coloração acinzentada ou amarelo-pálida dentro do corpo, mas fica azul-escuro quando entra em contato com o ar. Isso ocorre porque ele possui uma proteína chamada hemocianina, que contém cobre e muda de cor ao se ligar ao oxigênio.
Polvo-comum (Octopus vulgaris)

- Sangue: azul.
Outro animal com sangue azul é o polvo-comum (Octopus vulgaris), e isso também se deve à presença de hemocianina. Por ser um polvo, ele tem oito braços, corpo mole e três corações.
Além disso, esse molusco é conhecido por sua inteligência e capacidade de camuflagem. O habitat deles abrange vastas áreas de águas tropicais, subtropicais e temperadas em todo o mundo.
Prasinohaema prehensicauda

- Sangue: verde.
Essa é a espécie mais comum do gênero Prasinohaema, um grupo de lagartos que possuem sangue verde. Com habitat exclusivo na Papua-Nova Guiné, o Prasinohaema prehensicauda não possui nome popular em português.
O sangue desse lagarto, como o de todos do gênero Prasinohaema, é verde devido ao excesso do pigmento biliar biliverdina. Para combinar, a coloração da pele dele também é verde.
Chionodraco hamatus

- Sangue: transparente.
Encontrados nos oceanos ao redor da Antártida, os peixes da família Channichthyidae, conhecidos popularmente como peixes-gelo, têm o sangue incolor. Isso acontece porque eles não produzem hemoglobina, a proteína que transporta oxigênio e dá a coloração vermelha ao sangue. São os únicos vertebrados conhecidos que não possuem hemoglobina na fase adulta.
Uma das espécies desse grupo é o Chionodraco hamatus, que vive na plataforma continental da Antártica, em regiões de águas rasas a moderadamente profundas. Seu corpo é cinza na parte superior e branco no ventre, com duas listras diagonais nas bochechas. Possui ainda uma espinha voltada para trás no focinho.
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Poliquetas

- Sangue: vermelho, roxo-rosado, verde e transparente.
Vermes marinhos do filo dos anelídeos, as poliquetas vivem principalmente no fundo do mar, em tocas, tubos ou entre rochas. Eles têm o corpo segmentado e apresentam estruturas chamadas parápodes, que auxiliam na locomoção. Algumas espécies possuem cerdas visíveis, antenas e brânquias externas.
A cor do sangue das poliquetas varia conforme o pigmento presente. A hemoglobina, que é a mais comum, confere a coloração vermelha.
Porém, também é encontrada em algumas espécies a hemeritrina, que confere um tom roxo-rosado. A clorocruorina, presente em grupos marinhos específicos, dá cor verde quando em solução. Há ainda espécies sem pigmento, cujo sangue é incolor.
Lula-comum (Loligo vulgaris)

- Sangue: azul.
Quem também tem sangue azul por causa da hemocianina são as lulas. Assim como outros moluscos, o sangue fica dessa cor quando ligado ao oxigênio. Um belo exemplar é a lula-comum.
Com corpo longo e fino, esse animal possui dez membros, sendo dois tentáculos longos. Sua cor varia entre cinza transparente e vermelho. Pode ser encontrada em águas costeiras que incluem o Mar do Norte, além de regiões do Atlântico Leste e do Mediterrâneo.
Tarantula rosa-chilena (Grammostola rosea)

- Sangue: azul.
Pelo nome, já dá para deduzir que essa espécie de tarântula é encontrada no Chile. Na verdade, o habitat dela são as regiões desérticas e arbustivas do norte chileno, boliviano e argentino.
Ela tem aparência grande e peluda, com corpo marrom-acinzentado e tons rosados nos pelos, especialmente nas pernas e no abdômen. Por ser relativamente dócil e fácil de cuidar, ela é uma das preferidas dos criadores de tarântulas como pet.
Como toda tarântula, ela tem sangue azul. Quer dizer, na verdade, em vez de sangue como o dos mamíferos, as tarântulas possuem um fluido chamado hemolinfa, que cumpre funções semelhantes, como transportar oxigênio.
O azul vem justamente da hemocianina: a hemolinfa fica azul quando se liga ao oxigênio.
Choco-comum (Sepia officinalis)

- Sangue: verde-azulada.
Parentes próximos das lulas e polvos, os chocos são moluscos da classe Cephalopoda que também possuem hemocianina. Contudo, o sangue deles adquire uma cor verde-azulada devido à presença dessa proteína quando oxigenada.
O choco-comum é uma das espécies mais conhecidas. Ele tem corpo oval e achatado, com braços curtos e uma membrana que conecta os braços, formando uma “asa”. Vive em águas costeiras rasas do Atlântico Nordeste e do Mar Mediterrâneo.
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