16 de agosto de 2025
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A Associação dos Médicos Cubanos no Brasil (Aspromed) repudia veementemente as sanções aplicadas pelos Estados Unidos a servidores do Ministério da Saúde envolvidos na criação do programa Mais Médicos, classificando a medida como um ataque à saúde pública brasileira.

Em nota divulgada nesta sexta-feira (15/8), a entidade destacou que o programa vai muito além da contratação de profissionais estrangeiros.

“O Mais Médicos não é apenas um programa de contratação de médicos estrangeiros, mas sim uma política de saúde pública que busca garantir o direito à saúde para todos, especialmente para a população de baixa renda que vive em regiões menos privilegiadas por todo o país”, afirmou a Aspromed.

Na última quarta-feira (13/8), o governo norte-americano revogou os vistos de servidores brasileiros envolvidos no programa, alegando que o Mais Médicos seria uma forma de “trabalho forçado” promovido pelo regime cubano. Em resposta, a Aspromed reforçou que a medida ataca diretamente o direito à saúde básica e os princípios de humanismo e solidariedade.

Atualmente, o Mais Médicos conta com cerca de 2,5 mil médicos em atividade, que optaram por permanecer no Brasil mesmo após o fim do convênio com Cuba, em 2018. Ao longo dos anos, o programa levou mais de 18 mil profissionais a 4.058 municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), realizando cerca de 63 milhões de atendimentos.

“Esses profissionais fortaleceram e legitimaram o maior sistema de saúde do mundo, universal, público e gratuito, o SUS”, destacou a nota.

A Aspromed lembrou ainda que o Brasil mantém cooperação técnico-científica com Cuba desde 1987, por meio do “Acordo Básico de Cooperação Científica, Técnica e Tecnológica” e do “Protocolo de Intenções sobre Cooperação Técnica na Área de Saúde da Família”, firmado em 1999.

“Apesar da tentativa de extingui-lo em 2019, o Mais Médicos resistiu e, juntamente com os médicos cubanos que permaneceram no Brasil, foi uma base essencial no enfrentamento da pandemia da covid-19 e de outros desafios de saúde pública que atingiram a população brasileira”, ressaltou a associação.

A entidade reforçou o compromisso dos médicos cubanos que continuam atuando no país.

“Os médicos cubanos que permanecem no Brasil por escolha própria — muitos já naturalizados, com famílias brasileiras e laços afetivos profundos com o país — continuarão atuando com dedicação junto às comunidades mais carentes, levando atendimento e cuidado a pessoas que vivem em condições adversas, nos rincões mais distantes do território nacional.”

Fonte: Correio Braziliense

Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/08/aspromed-repudia-sancoes-dos-eua-contra-servidores-ligados-ao-mais-medicos/