Uma equipe de astrônomos do Telescópio Espacial James Webb (JWST) encontrou isotopólogos – moléculas de diferentes composições isotópicas – de amônia em uma anã marrom. A descoberta, publicada na revista Nature, pode ajudar futuramente a compreender como ocorre a formação dos planetas gigantes gasosos.
Entenda:
- Astrônomos do Telescópio Espacial James Webb encontraram dois isótopólogos – moléculas de diferentes composições isotópicas – de amônia na anã marrom WISE 1828+2650;
- Em um dos isotopólogos, o átomo de nitrogênio conta com sete prótons e sete nêutrons, sendo chamado de 14NH3;
- O outro apresenta sete prótons e oito nêutrons e é denominado 15NH3;
- A equipe identificou que a atmosfera da anã marrom fria apresenta 670 isótopos 14N para cada isótopo de nitrogênio 15N – muito maior do que a proporção na Terra, por exemplo, de 272 para 1;
- Usando o telescópio para identificar a proporção dos isotopólogos de amônia em alguns exoplanetas gigantes, os pesquisadores podem, com sorte, solucionar o grande mistério sobre sua formação;
- A descoberta foi publicada na revista Nature.
Os pesquisadores usaram o Instrumento de Infravermelho Médio (MIRI) do telescópio para detectar os isotopólogos na atmosfera da WISE 1828+2650, anã marrom fria localizada na constelação de Lyra, a cerca de 32,5 anos-luz de distância da Terra. Estima-se que a temperatura da anã marrom seja de apenas 100 ºC (ou 212 ºF).
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O que o telescópio encontrou na anã marrom
Além de vapor de água, metano e amônia – elementos básicos das atmosferas de gigantes gasosos e anãs marrons -, a equipe do JWST identificou dois isotopólogos diferentes de amônia. Em um deles, o átomo de nitrogênio conta com sete prótons e sete nêutrons, sendo chamado de 14NH3. O outro isotopólogo apresenta sete prótons e oito nêutrons e é denominado 15NH3.
Os astrônomos identificaram uma proporção de 670 para 1 de 14NH3 em relação ao 15NH3 – ou seja, a atmosfera da anã marrom fria apresenta 670 isótopos 14N para cada isótopo de nitrogênio 15N. A proporção na Terra, por exemplo, é de 272 para 1.
A equipe acredita que os 15N extras tenham vindo de cometas, que, naturalmente, apresentam concentrações mais altas de 15N. Agora, os pesquisadores pretendem usar o telescópio James Webb para tentar identificar a proporção dos isotopólogos de amônia em alguns exoplanetas gigantes e, com sorte, solucionar o grande mistério sobre sua formação.
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Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/05/13/ciencia-e-espaco/rastro-de-amonia-em-ana-marrom-pode-explicar-formacao-de-exoplanetas/