21 de agosto de 2025
entenda os próximos passos das investigações sobre Bolsonaro, Eduardo e
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Investigados por tentar atrapalhar as apurações da ação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o pastor Silas Malafaia seguem caminhos distintos dentro do inquérito. Enquanto Bolsonaro e o filho já foram formalmente indiciados pela Polícia Federal (PF), o líder religioso permanece na condição de investigado, sem acusação formal, mas sob restrições judiciais.

No caso de Bolsonaro e Eduardo, a PF concluiu as investigações e apresentou elementos que indicam crimes cometidos pelos dois. Pai e filho foram indiciados por coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito por meio da restrição ao exercício dos poderes constitucionais. O relatório foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, que remeteu o documento à Procuradoria-Geral da República (PGR). Caberá agora ao órgão decidir se apresenta denúncia, arquiva o caso ou solicita novas diligências.

Bolsonaro já é réu no STF em outro processo relacionado à tentativa de golpe após as eleições de 2022. O julgamento está marcado para 2 de setembro. Paralelamente, Moraes emitiu despacho concedendo 48 horas para a defesa do ex-presidente se manifestar sobre o descumprimento de medidas cautelares, a repetição de condutas ilícitas e o risco de fuga. A PGR terá o mesmo prazo para se posicionar após a resposta da defesa.

A situação de Silas Malafaia é diferente. O pastor foi alvo de busca e apreensão no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, na noite desta quarta-feira, quando desembarcava de uma viagem. Ele foi levado para depor, mas optou por permanecer em silêncio. Apesar da ofensiva policial, Malafaia ainda não foi indiciado. A PF estuda intimá-lo novamente para prestar esclarecimentos, o que pode resultar em relatório complementar caso surjam provas consistentes. Caso contrário, o inquérito pode ser arquivado.

Moraes impôs medidas cautelares ao pastor, incluindo a proibição de deixar o país e a apreensão de seu celular, sinalizando que há indícios relevantes na investigação. O blogueiro Paulo Figueiredo, colaborador de Eduardo Bolsonaro nas articulações contra o Brasil nos EUA, também não foi indiciado.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/entenda-os-proximos-passos-das-investigacoes-sobre-bolsonaro-eduardo-e-malafaia/