Dia do Folclore: confira lendas e personagens do Maranhão

Celebrado em 22 de agosto, o Dia do Folclore é uma oportunidade para valorizar e preservar as tradições que compõem a identidade cultural de um povo, e o Maranhão é uma terra cercada por lendas e mistérios com personagens icônicos que ganharam o imaginário do povo com o passar das décadas. Confira alguns desses personagens:

O Cazumba

O Bumba-meu-boi possui diversos personagens que marcam o imaginário maranhense. Mas existe um que acaba se destacando por suas características exuberantes e misteriosas: o Cazumba. Nem homem, nem mulher, e nem animal: é um ser mágico. Quem o vê durante as brincadeiras pode ou se assustar, ou se encantar. Ele está presente no Sotaque da Baixada, e é reconhecido por ser o personagem que assusta Pai Francisco no momento em que ele pega o boizinho para tirar a língua.

Serpente Encantada

Aqui em São Luís aqui existe uma lenda que diz que nas galerias subterrâneas do Centro existe uma Serpente Encantada. Sua cabeça está na Fonte do Ribeirão; a barriga, na Igreja do Carmo; e a cauda, na Igreja de São Pantaleão. Segundo a história, o réptil vai crescer tanto que, quando as duas extremidades se encontrarem, a ilha vai afundar!

Pai Francisco e Catirina

Uma das histórias contadas, passada de geração em geração, é a do Pai Francisco e Catirina. A mulher, escravizada e grávida, queria comer a língua do boi mais vistoso e amado da fazenda onde o marido trabalhava. Pai Francisco, com muito pesar, acabou matando o novilho – o que despertou grande ira e tristeza do fazendeiro. Então, o pajé da tribo foi chamado para fazer pajelanças e ressuscitar o boizinho, dando origem à grande festa do Bumba-meu-boi.

Carruagem de Ana Jansen

Uma das histórias mais conhecidas do Maranhão é a lenda da carruagem de Ana Jansen. Ana Jansen foi uma figura importante na política e comércio ludovicense, ela era conhecida pelas atrocidades que cometia com seus escravos. 

A lenda diz que a sua carruagem amaldiçoada, guiada por cavalos decapitados vaga pelas ruas do Centro Histórico.

Manguda

Na São Luís do século XIX, relatos de uma figura medonha vestida de branco e com uma luz na cabeça que rondava pela Praça João Lisboa amedrontava os populares; a Manguda.

Porém essa história toda não passou de uma farsa, a assombração foi criada por contrabandistas de mercadorias, em especial tecidos europeus, que queriam despistar os curiosos das suas atividades ilícitas. Apesar da farsa, a Manguda permaneceu no imaginário popular ludovicense.