24 de agosto de 2025
Malafaia diz que ato do 7 de Setembro não é
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Na mira da Polícia Federal e agora também da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), o pastor Silas Malafaia enfrenta um cenário delicado em sua vida pessoal e empresarial. Como informa Tácio Lorran, em Metrópoles, a dívida tributária do líder religioso com a União ultrapassou R$ 17 milhões, valor que representa um aumento de 843% em apenas quatro anos.

Segundo os dados oficiais da PGFN, a maior parte do montante – R$ 16,9 milhões – está vinculada à Editora Central Gospel Ltda., fundada em 1999 por Malafaia e sua esposa, a pastora Elizete Malafaia. A empresa entrou em recuperação judicial em 2019 e acumula dívidas diversas, incluindo R$ 6,9 milhões em débitos previdenciários e R$ 10,1 milhões em outros tributos. Já a Assembleia de Deus Vitória em Cristo, também ligada ao pastor, deve outros R$ 46,3 mil.

Dívidas antigas e recuperação judicial

No processo de recuperação judicial, homologado em 2019, a Central Gospel também reconheceu débitos de cerca de R$ 15,6 milhões junto a dezenas de credores – desde pequenos fornecedores até grandes bancos. Malafaia confirmou as dívidas e disse que está em processo de negociação com a União: “Sobre os outros credores, eu já estou pagando na recuperação judicial, que já foi concluída, já foi homologada. Já estou pagando há dois anos isso”.

O advogado do pastor, Jorge Vacite Neto, afirmou em nota que a recuperação judicial da editora já foi encerrada com o cumprimento integral das obrigações, conforme atestado pela Justiça. Em relação aos débitos tributários, disse que os valores estão em revisão interna “a fim de possibilitar sua regularização nos valores corretos”.

Malafaia sob investigação da PF

O crescimento das dívidas ocorre em meio ao avanço das investigações da Polícia Federal sobre a atuação de Malafaia em supostas ações coordenadas de desinformação e pressão contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). No dia 20 de agosto, ao desembarcar no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, o pastor teve seu celular apreendido em operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes.

A decisão judicial determinou ainda a retenção de todos os passaportes de Malafaia e proibiu sua comunicação com outros investigados do núcleo ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo Eduardo Bolsonaro, atualmente nos Estados Unidos. Moraes destacou que a PF identificou o pastor como liderança em estratégias de coação contra o Judiciário, em tentativa de obstrução da Justiça.

Defesa e reação pública

Apesar das acusações e das restrições impostas, Malafaia minimizou os efeitos da apreensão de seu aparelho, afirmando ao Metrópoles que troca de celular com frequência e não teme o que será encontrado no material analisado pela PF.

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Fonte: https://agendadopoder.com.br/divida-tributaria-de-malafaia-explode-e-ja-passa-de-r-17-milhoes/