
A instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, prevista para esta terça-feira (26), já começa cercada de polêmica. Entre os integrantes do colegiado está o senador Chico Rodrigues, ex-vice-líder do governo Jair Bolsonaro, que ganhou notoriedade em 2020 ao ser flagrado pela Polícia Federal com dinheiro escondido na cueca. As informações são do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
Na época, agentes encontraram cerca de R$ 33 mil ocultos nas roupas íntimas do parlamentar, durante uma operação que investigava supostos desvios de recursos destinados ao enfrentamento da pandemia de Covid-19. Em 2021, Rodrigues foi formalmente indiciado pela PF por participação no esquema. O senador passou por diversos partidos, entre eles PSDB, DEM e União Brasil; desde 2023, está filiado ao PSB.
Apesar do episódio, o senador manteve seu mandato e hoje integra a CPMI criada para investigar um dos maiores casos de fraude contra os cofres públicos já registrados no país: um esquema bilionário de desvio de recursos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Fraude bilionária no alvo
De acordo com as apurações preliminares, a fraude no INSS pode ter causado prejuízos de mais de R$ 6 bilhões. O esquema envolve concessões irregulares de aposentadorias, pensões e outros benefícios, obtidos por meio de documentos falsos e manipulação de sistemas de controle.
A comissão será formada por deputados e senadores, com poderes para convocar testemunhas, requisitar documentos e aprofundar investigações já conduzidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/titular-da-cpmi-do-inss-e-senador-investigado-por-desvio-de-verbas-que-foi-flagrado-com-dinheiro-na-cueca/