As emendas de transferências especiais, conhecidas como emendas pix, estão sob análise no Supremo Tribunal Federal (STF), que já determinou a investigação de casos em que não há transparência nem rastreabilidade nos repasses feitos em todo o país. No Maranhão, entre 2020 e 2024, o governo estadual e as prefeituras receberam quase R$ 1 bilhão desse tipo de recurso, oriundo de deputados federais e senadores.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE), em parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU), iniciou fiscalizações para acompanhar a aplicação das verbas enviadas aos municípios. No total, chegaram ao Maranhão mais de R$ 900,9 milhões nesse período. O crescimento foi exponencial: em 2020, o valor repassado somou R$ 5,8 milhões, enquanto em 2024 saltou para R$ 371 milhões — um aumento de 63 vezes.
Na bancada maranhense, a senadora Eliziane Gama (PSD) foi quem mais destinou recursos por meio das emendas pix, com R$ 80,1 milhões liberados, segundo dados do TCU. O senador Weverton Rocha (PDT), que cumpriu o mesmo período de mandato, direcionou cerca de R$ 28,1 milhões.
Entre os casos curiosos estão os de suplentes que, mesmo com passagens curtas pela Câmara, conseguiram indicar valores expressivos. O apóstolo Sílvio Antônio (PL), por exemplo, passou apenas quatro meses no mandato, mas destinou R$ 18,4 milhões. O mesmo montante foi liberado por Paulo Marinho Júnior, também suplente.
No grupo dos deputados federais, o destaque é Cléber Verde (MDB), que lidera a lista com mais de R$ 52,6 milhões em emendas pix. Na sequência aparece Rubens Pereira Júnior (PT), que destinou R$ 47,4 milhões a municípios do estado. Já a parlamentar que menos direcionou recursos foi Amanda Gentil (PP), com R$ 15,7 milhões, a maior parte deles repassada a Caxias, município administrado pelo pai, o ex-prefeito Fábio Gentil (PP).
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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/08/maranhao-recebeu-quase-r-1-bilhao-em-emendas-pix-entre-2020-e-2024-aponta-tcu/
