27 de agosto de 2025
Carlos Macedo e Carlos Minc divergem sobre culto de policiais
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A sessão da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) desta terça-feira (26) foi marcada por um embate entre os deputados Carlos Macedo (Republicanos) e Carlos Minc (PSB).

O motivo foi a denúncia feita por Minc ao Ministério Público contra policiais que teriam participado de um culto religioso no Largo do Machado, em horário de serviço, episódio que reacendeu o debate sobre os limites entre fé e dever funcional.

Em plenário, Carlos Macedo rebateu o colega e defendeu a atuação dos capelães militares e civis nas corporações de segurança. Segundo ele, é preciso considerar o papel motivacional desse tipo de orientação espiritual, especialmente em momentos de fragilidade emocional enfrentados pelos policiais.

“Temos que compreender o capelão militar e civil das polícias. Esses agentes padecem de inúmeras chagas. Não sei o que era aquilo no Largo do Machado, mas pode ser preleção de algum capelão com palavra de conforto e consolo. Uma coisa é sagrada no evangelho. Estado é laico, mas o policial não. Quero presenteá-lo com a Bíblia. O senhor tem todo direito em não aceitá-la por estar no seu horário, partindo do seu ponto de vista”, afirmou Macedo.

Réplica de Carlos Minc

Minc, que aceitou o presente, reiterou que sua iniciativa não tem relação com a liberdade de culto, mas com o fato de os policiais estarem fardados, armados e em horário de serviço. Ele destacou que mora na região e que o Largo do Machado enfrenta frequentes episódios de assalto.

“A matéria não é contra a religião ou ser evangelizado. Eram policiais armados, fardados em horário de serviço. Fora do horário, todos têm direito. Agora, uma pessoa uniformizada, armada, no local de muitos assaltos, e fica meia hora ali… Então não dá para ser em horário de trabalho”, disse o parlamentar.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/carlos-macedo-e-carlos-minc-divergem-sobre-culto-de-policiais-no-largo-do-machado/