O governo federal enviou ao Congresso Nacional, nesta sexta-feira (29), o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026, definindo os gastos para o próximo ano, marcado pelo cenário eleitoral em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá disputar a reeleição.
O projeto prevê investimentos de R$ 83 bilhões, alta de 8,7% em relação a 2025. A menina dos olhos da gestão, o Novo PAC deve contar R$ 52,9 bilhões para obras de infraestrutura, transporte e energia. O valor visa acelerar entregas, mas técnicos alertam que atrasos em licitações e execução podem impactar o ritmo das obras
No campo social, os aumentos são ainda mais expressivos. A Saúde, área sensível para o eleitorado, terá um salto de 17,9%, chegando a R$ 245,5 bilhões, impulsionada pelo piso constitucional. A Educação também ganha fôlego, com um orçamento de R$ 133,7 bilhões, alta de 10,7%.
‘Melhor resultado dos últimos 15 anos’
Para vender a peça orçamentária, a equipe econômica aposta em uma narrativa de sucesso. O secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, classificou a proposta como a de “melhor resultado dos últimos 15 anos”. A previsão de superávit, segundo o Executivo, é de R$ 34,3 bilhões. O Executivo apresenta a proposta como sinal de responsabilidade fiscal na medida em que mantém investimentos sociais.
Apesar da narrativa otimista, o Orçamento chega para ser negociado em um Congresso com poder e apetite recordes. Os parlamentares podem ver até R$ 40,8 bilhões em emendas, verba que usam para irrigar suas próprias bases eleitorais e fortalecer seus projetos políticos.
Além disso, há uma carta na manga que será disputada a cada voto: um espaço extra de R$ 13,4 bilhões da PEC dos precatórios, que ainda não foi incorporado ao texto. Esse valor pode funcionar como uma poderosa moeda de troca para o governo conseguir aprovar suas prioridades estratégicas, mas exigirá intensa negociação e concessões.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/orcamento-de-2026-preve-r-83-bilhoes-em-investimentos-e-reforco-social-em-ano-eleitoral/
