Operação “Conductor” cumpre 95 mandados por tráfico e lavagem de dinheiro no Maranhão, Mato Grosso e Pernambuco

Dezesseis pessoas foram presas nesta terça-feira (2) durante a Operação Conductor, que mira uma facção criminosa responsável por movimentar cerca de R$ 100 milhões em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Ao todo, foram cumpridos 95 mandados judiciais em diferentes estados, incluindo São Luís (MA), além de Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres (MT) e Jaboatão dos Guararapes (PE).

Segundo a Polícia Civil, os alvos são investigados pela Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron) e pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco). A operação contou ainda com apoio da Receita Federal, da Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica), do Ministério Público e de equipes das diretorias Metropolitana, de Interior e de Atividades Especiais da corporação.

As apurações apontam que o líder do grupo, residente em Várzea Grande (MT), coordenava toda a logística criminosa: transporte da droga a partir da fronteira, armazenamento em casas de padrão médio e distribuição em locais estratégicos, como supermercados e terminais de ônibus.

Durante a operação, foram executados 35 mandados de busca e apreensão, 39 bloqueios de valores e cinco sequestros de veículos, todos expedidos pela 4ª Vara Criminal de Cáceres.

O trabalho investigativo começou em abril de 2024, quando a Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu em Cáceres (MT) um homem de 31 anos, flagrado com 153,8 quilos de cocaína em uma van que simulava transporte de passageiros.

A partir dessa prisão, a Polícia Civil desvendou um esquema estruturado, com participação de pelo menos 31 pessoas e oito empresas, responsáveis por dar sustentação financeira e logística às ações da facção.

De acordo com a delegada Bruna Laet, em apenas quatro meses o grupo recebeu mais de duas toneladas de cocaína, além de armas e munições. Parte do entorpecente era destinada ao Mato Grosso, enquanto o restante seguia para outros estados.

O nome “Conductor” faz referência ao motorista preso no início das investigações, considerado peça-chave no desmantelamento do esquema, já que transportava a droga da fronteira até a região metropolitana de Cuiabá.