6 de setembro de 2025
Cicatriz de granizo? Entenda o registro de um satélite da
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Uma tempestade de granizo deixou marcas profundas em Alberta, no Canadá. Pedras do tamanho de bolas de golfe atingiram a região, abrindo uma “cicatriz” de 200 quilômetros de comprimento e 15 quilômetros de largura.

Imagens de satélite compartilhadas pelo Observatório Terrestre da NASA, mostram o estrago feito pela tempestade na região, no dia 18 de agosto, destruindo florestas e áreas agrícolas.

Como a cicatriz se formou?

No dia seguinte, a Weather Alberta, organização do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do Canadá (ECCC), descreveu o evento como a passagem de uma “forte tempestade de supercélula” que varreu o sul de Alberta. Além disso, foram relatados rajadas de vento que alcançaram mais de 130 quilômetros por hora, além das pedras de granizo, afirma a IFLScience.

Crédito: Michala Garrison /NASA Earth Observatory

O evento meteorólogico, explica a publicação, ocorre em combinação com ventos fortes e podem causar grande destruição.

Toda a frente da casa está destruída. A cerca da frente foi arrancada dos postes de cimento. Minhas flores do jardim foram jogadas para todos os lados.

Collen Foysy, moradora de Brooks, na região de Alerta em entrevista à CBC News.

Três grandes pedras de granizo em uma mão humana
Pedras de granizo do tamanho de bolas de golfe atingiram a região de Alberta, no Canadá, causando prejuízos a residências, agricultura e destruindo florestas. Crédito: Dominic Fial/iStock

A tempestade que causou a queda de granizo também destruiu plantações e causou ferimentos em animais. Segundo a IFLScience, novas tempestades devem ocorrer até o final do verão no hemisfério Norte, tanto que a região é apelidada de “Beco da Tempestade de Granizo”, devido a frequência com que o fenômeno ocorre – pelo menos uma grande tempestade de granizo por ano nas últimas duas décadas.

A IFLScience explica que a geografia da região de Alberta, cria as condições perfeitas para a ocorrência das tempestades de granizo. “As terras agrícolas de Alberta fornecem uma fonte de ar úmido que é o combustível para tempestades”, explica matéria no The Wather Network.

Por que Alberta é chamada de “Beco do Granizo”

  • Geografia favorável à formação de tempestades.
  • Umidade vinda das áreas agrícolas.
  • Pelo menos uma grande tempestade por ano nas últimas duas décadas.

Tempestades de granizo também são comuns no Brasil

Rua cheia de pedrinhas de gelo durante chuva de granizo
Tempestade no Sul do Brasil foi causada por um sistema de baixa pressão bem desenvolvido que se forma a 5 quilômetros de altitude e propicia a formação de tempestades. Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil

E não é diferente no Brasil. Mesmo estando no inverno, tempestades de granizo também ocorrem com uma certa frequência. Nas últimas semanas, a região Sul do país foi impactada pela formação de um vórtice ciclônico que causou tempestades localizadas na região, segundo o site O Paraná.

A tempestade atingiu a região de Castro, há cerca de 160 quilômetros de Curitiba, no dia 26 de agosto e deixou a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil em alerta. Foram relatados prejuízos a comércios, residências e prédios públicos.

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O vórtice ciclônico é um “sistema de baixa pressão bem desenvolvido que se forma a 5 quilômetros de altitude e propicia a formação de tempestades”.

O sistema está carregando consigo um ar bastante frio […] ideal para a formação de granizo. E como a temperatura também está baixa na superfície, essas pedras de gelo estão conseguindo se conservar e chegar até a superfície.

Alief Matos, meteorologista do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) em entrevista ao O Paraná.

O post Cicatriz de granizo? Entenda o registro de um satélite da NASA no Canadá apareceu primeiro em Olhar Digital.

Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/09/06/ciencia-e-espaco/cicatriz-de-granizo-entenda-o-registro-de-um-satelite-da-nasa-no-canada/