9 de setembro de 2025
A revoada dos vereadores da Câmara do Rio rumo à
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A pouco mais de um ano das eleições de 2026, os burburinhos sobre os prováveis nomes para as disputas já começam a ecoar pelas paredes do velho Palácio Pedro Ernesto. Se o centenário prédio é de fato assombrado ou não, como dizem as lendas, a questão é que os nomes escutados por quem passa pelos corredores vão de edis da megabancada do PSD aos dos ferrenhos opositores do PL e Psol. 

Uma das tropas mais animadas é a da legenda do prefeito Eduardo Paes, que busca ampliar sua influência nas esferas estadual e federal. O caso mais consolidado é o do vereador Marcelo Diniz (PSD), que deve zarpar rumo a Brasília. 

O político teve sua pré-candidatura anunciada publicamente no fim de agosto pelo vice-prefeito Eduardo Cavaliere (PSD) — esse que deve assumir a cadeira de prefeito quando e se Paes disputar o governo no ano que vem. A aposta do partido, segundo Cavaliere, é que o edil, eleito com 40 mil votos em 2024, possa dobrar sua performance e se tornar um nome forte da bancada fluminense no Distrito Federal.

Sucessão e movimentações internas

Outro nome central do PSD é Rafael Aloisio Freitas, do alto escalão do parlamento carioca, cuja candidatura à Câmara Federal é dada como quase certa nos bastidores. Caso se confirme, a disputa pela presidência da Casa, já que o atual presidente, Carlo Caiado (PSD), deve deixar o cargo para assumir uma cadeira no Tribunal de Contas do Município (TCM). O 1º secretário é nome forte na linha de sucessão da Mesa Diretora, que caso deixe o parlamento, abrirá espaço para Vitor Hugo (MDB)  — coladíssimo com o cacique Washington Reis.

Também na lista de prováveis candidatos do partido para aparecem Zico e Luiz Ramos Filho, atualmente licenciado enquanto comanda a Secretaria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais. O primeiro correria a deputado federal. Já Luiz Ramos está de olho em uma vaga na Alerj.

Também para a Assembleia, a banca tem entre os cotados a atual secretária de Políticas para Mulheres e vereadora licenciada, Joyce Trindade, que deve disputar uma cadeira estadual, considerada uma das favoritas do partido. Em licença-maternidade pelo nascimento de sua filha, ela não quis se pronunciar no momento. Diego Vaz, secretário de Conservação e ex-subprefeito da Zona Norte, e Salvino Oliveira completam a lista de possíveis candidatos para tentarem uma mudança da Cinelândia para a Carioca.

Outros partidos também se movimentam

Embora tenha mais nomes cotados, a revoada não é exclusividade do PSD. No PL, Rafael Satiê, é um dos prováveis nomes para disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados. Procurado, ele não confirmou nem negou a candidatura, mas disse estar à disposição do partido tanto para ir à Brasília quanto para continuar com o mandato no legislativo carioca. 

Uma das movimentações mais ousadas vem de Carlos Bolsonaro (PL), aposta do presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, para 2026. O filho 02 do ex-presidente e o vereador mais votado da atual legislatura deve disputar uma vaga no Senado, mas por outro estado: Santa Catarina. No entanto, Valdemar já disse inclusive em rede social que deixa a cargo do moço disputar pelo estado que desejar.

Pelo Podemos, as especulações apontam para duas candidaturas: a de Fabio Silva, para a Alerj, e a de Marcos Dias, para o Senado. O Progressistas também deve ter seu representante na disputa estadual, com Felipe Michel, hoje licenciado da Câmara do Rio e à frente da Secretaria de Envelhecimento Saudável; e na federal, com Leniel Borel. Talita Galhardo (PSDB), ex-subprefeita de Paes, até que uma briga os separou — eles bem que fizeram as pazes, mas o clima nunca é o mesmo —, é uma possível aposta da legenda tucana para o ano que vem. 

Disputa pelo Governo do Rio

Enquanto a maioria dos vereadores mira o legislativo, alguns aparecem como opções na briga pela gestão estadual. É o caso de parlamentares do Psol. William Siri, com reduto na Zona Oeste, já manifestou interesse em tentar uma vaga no Palácio da Guanabara pela legenda. E Monica Benício (Psol) tem aparecido em pesquisas de intenção de voto para o Governo do Estado. Em declaração ao Agenda do Poder, a vereadora afirmou que o partido terá candidatura própria e que seu nome é testado para avaliar cenários, algo comum antes das eleições. 

“O mais importante é construirmos um programa para o Rio. Essa é a nossa prioridade. Não há rivalidades individuais, todos temos o mesmo objetivo que é lutar pela melhoria de vida do povo. Mais à frente, decidiremos coletivamente qual nome representará esse programa”, afirmou a parlamentar.

A dança das cadeiras ainda está no início, mas a movimentação indica que a Câmara do Rio será um dos principais celeiros de candidatos em 2026, prometendo uma temporada intensa de articulações. Até o último momento, é bom ficar de ouvidos atentos às vozes do Palácio Pedro Ernesto.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/a-revoada-dos-vereadores-da-camara-do-rio-rumo-a-alerj-e-a-brasilia-em-2026/