O Ministério das Relações Exteriores condenou nesta terça-feira (9/9) declarações da porta-voz dos Estados Unidos, Karoline Leavitt, que admitiu a possibilidade de utilizar forças militares contra o Brasil sob a justificativa de defender a “liberdade de expressão”. A fala ocorreu em coletiva de imprensa, ao ser questionada sobre o julgamento de Jair Bolsonaro, réu no Supremo Tribunal Federal (STF).

“O governo brasileiro condena o uso de sanções econômicas ou ameaças de uso da força contra a nossa democracia”, afirmou o Itamaraty em nota oficial.

A pasta repudiou tanto sanções econômicas quanto ameaças de cunho militar, destacando que o respeito à “vontade popular expressa nas urnas” e às instituições democráticas são fundamentais para proteger a liberdade de expressão.

“O primeiro passo para proteger a liberdade de expressão é justamente defender a democracia e respeitar a vontade popular expressa nas urnas. É esse o dever dos três Poderes da República, que não se intimidarão por qualquer forma de atentado à nossa soberania”, destacou o comunicado.

O Itamaraty também classificou como inaceitável a tentativa de forças antidemocráticas de instrumentalizar governos estrangeiros para pressionar as instituições nacionais.

“O governo brasileiro repudia a tentativa de forças antidemocráticas de instrumentalizar governos estrangeiros para coagir as instituições nacionais”, finalizou a nota.

Fonte: Correio Braziliense