O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) e fez um alerta direcionado aos ministros que acompanharem o voto de Alexandre de Moraes no julgamento da tentativa de golpe que envolve seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista a Bela Megale, em O Globo, o parlamentar afirmou que tais magistrados estariam sujeitos a punições internacionais.
Eduardo, que está nos Estados Unidos, destacou a posição do ministro Luiz Fux, que iniciou seu voto se afastando do entendimento de Moraes. “Fux está demonstrando que não embarcou nesse navio furado do regime de exceção. Outros ministros, pessoas normais, devem seguir o exemplo de Fux”, declarou.
Risco de sanção pela Lei Magnitsky
O deputado citou a chamada Lei Magnitsky, legislação adotada por diversos países para punir violações de direitos humanos e corrupção. Segundo ele, a norma pode ser aplicada a autoridades brasileiras que, de alguma forma, respaldarem o voto de Moraes.
“A Lei Magnitsky é clara ao mencionar que quem presta suporte aos sancionados incorre nas mesmas punições. Quem acompanha Moraes nessa notória perseguição, votando pela condenação de Bolsonaro, seu entorno e pessoas simples envolvidas nos atos de 8 de janeiro, corre um seríssimo risco de ser sancionado também”, disse Eduardo Bolsonaro.
Ele ponderou, no entanto, que eventuais sanções não seriam imediatas. “A sanção via Lei Magnitsky é algo burocrático, que não ocorre de um dia para o outro”, afirmou.
Relação com os EUA e menção a Trump
Na entrevista, Eduardo também destacou declarações recentes da Casa Branca. Ele citou a porta-voz Karoline Leavitt, que, em sua visão, não descartou medidas mais duras contra o Brasil. “Na terça-feira, a porta-voz da Casa Branca falou especificamente sobre o Brasil e seguiu nesse sentido: não descarta mais sanções econômicas, nem militares. Como sabemos, está tudo sob o guarda-chuva do presidente Donald Trump”, afirmou.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/em-nova-ameaca-eduardo-bolsonaro-diz-que-ministros-que-seguirem-moraes-correm-risco-de-sancao-dos-eua/
