O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) usou a tribuna da Câmara Federal para elogiar a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) por ser a responsável pela indicação de Luiz Fux para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A fala foi após Luiz Fux ter aberto divergência na Primeira Turma do Tribunal e votar pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no processo da trama golpista.
Para Otoni de Paula, Dilma merece reconhecimento por ter indicado Luiz Fux para a Corte.
“Confesso que não imaginava que usaria este microfone para expressar meus cumprimentos e congratulações à Presidente Dilma Rousseff. Contudo, sinto a necessidade de fazê-lo. O Brasil inteiro reconhece e agradece a Presidente Dilma pela escolha do Ministro Luiz Fux, um jurista de grande competência”, afirmou Otoni.
O parlamentar destacou que Fux tem mostrado sua experiência e compromisso com o devido processo legal na análise do caso. “Parabenizo a Presidente Dilma por sua escolha”, completou.
Indicação e trajetória de Fux
Terceiro ministro a votar no julgamento sobre a tentativa de golpe de 8 de janeiro, Luiz Fux foi indicado ao STF pela então presidente Dilma Rousseff em 2011. Ele assumiu a vaga deixada pelo ministro Eros Grau e foi o primeiro nome escolhido pela petista para integrar a Suprema Corte.
Natural do Rio de Janeiro, Fux iniciou a carreira na magistratura em 1993 como juiz do Tribunal de Justiça fluminense. Depois, foi promovido a desembargador e, em 2001, nomeado ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). No STJ, ganhou destaque no Direito Processual Civil e presidiu a comissão que elaborou o anteprojeto do novo Código de Processo Civil, em vigor desde 2015.
No STF, Luiz Fux participou de julgamentos de grande repercussão, como a aplicação da Lei da Ficha Limpa e casos da Operação Lava Jato. Seu nome chegou a ser citado em mensagens reveladas pelo portal The Intercept em 2019, quando o então procurador Deltan Dallagnol e o ex-juiz Sergio Moro mencionaram apoio a decisões do ministro. “In Fux We Trust”, foi a frase que viralizou, dita por Moro durante a Lava Jato, em conversa com Dallagnol.
Fux também presidiu o STF entre 2020 e 2022 e comandou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 2018 a 2020. Além de sua atuação jurídica, é autor de obras sobre Direito Processual Civil e tem reconhecimento no meio acadêmico. Fora dos tribunais, é conhecido por ser faixa preta de jiu-jitsu.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/video-apos-voto-de-fux-otoni-de-paula-elogia-ex-presidenta-dilma-por-indicacao-do-ministro-para-o-stf/
