11 de setembro de 2025
Ministro do Desenvolvimento Agrário celebra queda do arroz e deflação
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O mês de agosto trouxe um respiro para o bolso do consumidor brasileiro. A inflação registrou variação negativa de 0,11%, resultado puxado pela queda nos preços de alimentos e combustíveis, segundo dados divulgados pelo IBGE na quarta-feira (10). Foi o primeiro índice negativo desde agosto de 2024 e o mais expressivo em três anos.

Alívio nas prateleiras

Entre os itens que mais contribuíram para a deflação, estão produtos essenciais da mesa dos brasileiros. O tomate caiu 13,39%, a batata-inglesa 8,59%, a cebola 8,69%, o arroz 2,61% e o café moído 2,17%. Nos combustíveis, também houve recuo: a gasolina teve redução de 0,94%, o etanol caiu 0,82% e o gás veicular, 1,27%.

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, celebrou especialmente a queda do preço do arroz. “Digamos que o carro-chefe dessa deflação é o arroz. Quem pagava no ano passado, nessa época, 5 quilos de arroz a R$ 30, R$ 27, R$ 28 -, hoje está pagando R$ 15, R$ 16, R$ 17, R$ 18”, afirmou em entrevista ao programa A Voz do Brasil.

Safra recorde e investimentos

Para Teixeira, a queda nos preços é reflexo direto da produção agrícola robusta do país. Ele antecipou que o Levantamento da Safra de Grãos 2024/2025 registrou novo recorde. “Nós temos pelo terceiro ano, e será anunciada nesta quinta-feira (11), recorde de safra. Foi em 2023, em 2024 e bateremos também este ano. Pelo terceiro ano também, temos recordes do Plano Safra e no investimento na agricultura. No Plano Safra em geral, cerca de R$ 500 bilhões, na agricultura familiar, R$ 78 bilhões, com a diferença que a agricultura familiar tem juros negativos, juros subsidiados”, destacou.

O ministro também ressaltou que a política de apoio à agricultura familiar tem papel central no abastecimento e no equilíbrio dos preços, já que garante produção diversificada e acesso a crédito mais barato.

Inflação controlada

No acumulado do ano, o IPCA está em 3,15%. Em 12 meses, o índice soma 5,13%, ligeiramente abaixo dos 5,23% registrados no período anterior. A deflação de agosto foi 0,37 ponto percentual menor que a inflação de julho.

Paulo Teixeira também aproveitou para rebater críticas. Segundo ele, a queda de preços não tem relação com o tarifaço de junho. “É importante dizer que isso não tem nada a ver com o tarifaço. O tarifaço foi anterior, foi em junho que começou a deflação de alimentos e vai continuar essa tendência, com o governo atuando. O presidente Lula tem o tema do controle da inflação como uma das suas preocupações maiores”, completou.

Perspectivas

A expectativa do governo é de continuidade na redução de preços de alimentos ao longo dos próximos meses, favorecida pelo bom desempenho da safra e pela estabilidade no mercado de combustíveis. Para consumidores e analistas, a inflação mais baixa abre espaço para que famílias possam reorganizar o orçamento, depois de longos meses de pressão.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/ministro-do-desenvolvimento-agrario-celebra-queda-do-arroz-e-deflacao-em-agosto/