Nikolas Ferreira quer perseguir com demissão quem celebrou a morte do fascista Charlie Kirk

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) iniciou uma campanha para incentivar a demissão de pessoas que celebraram a morte do fascista estadunidense Charlie Kirk, aliado de Donald Trump.

O parlamentar bolsonarista, que se diz a favor da “liberdade de expressão”, tenta perseguir àqueles que apontaram as criminosas falas do trumpista, que chegou a negar a escravidão nos EUA e defendia o armamento indiscriminado da população “ainda que custe vidas”. Charlie Kirk foi assassinado a tiros em um evento universitário em Utah nesta semana. Segundo as investigações, o suspeito do crime foi identificado como Tyler Robinson, um estudante de elétrica de 22 anos, que seria membro do Partido Republicano, o mesmo de Donald Trump.

 “O movimento começou: demita os verdadeiros extremistas de sua empresa. Denuncie”, escreveu Nikolas uma postagem. Em outra, o parlamentar fez referência à morte de Charlie Kirk: “Neurocirurgião de Recife comemorando a morte de um pai inocente. Imagina deixar sua vida nas mãos desse médico? O que ele seria capaz se descobrisse que o paciente é de direita?”, escreveu.

Em outro post, Nikolas compartilhou prints de postagens de uma estilista da Vogue Brasil que, segundo ele, teria feito apologia à morte de “fascistas”. O parlamentar questionou publicamente a empresa: “@voguebrasil tem conhecimento que seus funcionários como fazem apologia ao crime e comemoram o assassinato de inocentes simplesmente por expressar suas ideias livremente, como @charliekirk1776?”, questionou em outra postagem.

ATAQUE ÀS UNIVERSIDADES

O deputado também voltou a criticar as universidades públicas brasileiras, alegando que elas estariam formando pessoas que “desejam, concordam ou incentivam matar pessoas inocentes por desavença política”, e acusou o ambiente acadêmico de se tornar um “laboratório de degeneração moral”.

Ele utilizou o caso de um estudante da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) que foi preso por supostamente tê-lo ameaço de morte, para agredir as instituições de ensino brasileiras. “Repito: as universidades brasileiras têm formado pessoas que desejam, concordam ou incentivam matar pessoas inocentes por desavenças política”, escreveu.

Em paralelo ao episódio, Nikolas Ferreira fez publicações consideradas um “apito de cachorro”. O termo é usado para descrever mensagens veladas que incitam violência entre apoiadores. Ele compartilhou a imagem de um “anjo” com a frase em inglês:

“Do not make peace with evil, destroy it” (“Não faça as pazes com o mal, destrua-o”), símbolo frequentemente usado por grupos conservadores, armamentistas e cristãos dos Estados Unidos em discursos de “guerra santa”.