15 de setembro de 2025
Eduardo Bolsonaro diz que EUA podem invadir Brasil, após seu
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Decidido a disputar a Presidência da República em 2026, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) já trabalha com dois cenários distintos diante da condenação do pai, Jair Bolsonaro (PL), a 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo informa a colunista Bela Megale, do jornal O Globo, a primeira possibilidade, considerada a mais favorável, depende da aprovação no Congresso de um projeto de anistia ampla. Nesse caso, Eduardo avalia que o ex-presidente o apoiaria voluntariamente, legitimando sua candidatura ao Palácio do Planalto. O deputado acredita que, com a anistia aprovada, ele poderia retornar ao Brasil e participar ativamente da campanha.

O segundo cenário, que Eduardo trata como plano B, é mais arriscado: concorrer a partir dos Estados Unidos, país onde está desde fevereiro. Lá, ele tem buscado ampliar sua rede política, principalmente em torno das pressões pela sanção de Alexandre de Moraes e pela anistia aos condenados do 8 de Janeiro.

Campanha a distância

Eduardo Bolsonaro considera que pode seguir o exemplo do pai, que conseguiu mobilizar milhares de pessoas para os atos de 7 de setembro sem estar fisicamente presente e sem acesso direto às redes sociais. Segundo ele, a militância bolsonarista, já organizada em torno de pautas digitais e eventos simbólicos, poderia sustentar uma campanha presidencial mesmo com sua permanência fora do Brasil.

A aliados, o deputado reconhece que o maior desafio é viabilizar juridicamente sua candidatura. Ele precisaria trocar o PL por outro partido e enfrenta um inquérito no STF que apura suposta coação de autoridades em sua atuação nos Estados Unidos. Caso seja condenado, corre o risco de se tornar inelegível.

Manter vivo o bolsonarismo

Apesar dos obstáculos, Eduardo avalia que há ganhos estratégicos em se lançar candidato. Ele acredita que, ao se colocar como herdeiro político do pai, manterá a mobilização do movimento e enfraquecerá o que chama de “direita permitida” — uma referência a lideranças mais moderadas, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), visto como um potencial presidenciável em 2026.

Para Eduardo, sua candidatura impediria que Tarcísio se consolidasse como único representante da direita e reduziria o espaço para o surgimento de uma “nova via” que tentasse absorver os votos bolsonaristas.

Planos para comandar um partido

Outra meta do deputado é estruturar, junto a um núcleo duro de apoiadores, uma legenda sob seu comando. A ideia é deixar o PL e se aliar a dirigentes partidários que compartilhem sua visão política, garantindo mais autonomia e condições para liderar um movimento próprio no futuro.

Mesmo admitindo que a chance de derrota não é pequena, Eduardo Bolsonaro acredita que a candidatura o consolidará como principal herdeiro político do pai e dará fôlego para uma reorganização do bolsonarismo no cenário pós-condenação.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/eduardo-bolsonaro-prepara-candidatura-a-presidencia-em-2026-direto-dos-eua-se-anistia-nao-for-aprovada/