15 de setembro de 2025
Empregos com carteira assinada fecham 2024 com volume recorde
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Mais da metade dos trabalhadores brasileiros (53,8%) acredita ser improvável perder o principal emprego ou fonte de renda nos próximos seis meses. É o que revela a Sondagem do Mercado de Trabalho, realizada pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Segundo o levantamento, 42,3% dos entrevistados consideram improvável a perda do trabalho, enquanto 11,5% avaliam como muito improvável. Já 13,8% acreditam ser provável perder a ocupação e apenas 2,8% avaliam como muito provável. Outros 29,7% não souberam responder.

O pesquisador Rodolpho Tobler, responsável pelo estudo, afirma que a confiança dos trabalhadores é reflexo do cenário de aquecimento do mercado. “Com a taxa de desocupação em níveis mínimos da série histórica, é natural que os trabalhadores se sintam mais seguros em relação à manutenção do emprego ou mesmo em uma recolocação. Esse dinamismo observado nos últimos anos tende a favorecer os trabalhadores”, explica.

Apesar disso, Tobler alerta que a expectativa de desaceleração da economia pode impactar esses índices nos próximos meses. “É improvável que essa percepção de segurança permaneça em patamares tão altos por muito tempo”, disse.

Taxa de desemprego em queda

Os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a taxa de desemprego do segundo trimestre ficou em 5,8%, a menor já registrada desde o início da série histórica, em 2012. O estudo também apontou recorde no rendimento médio (R$ 3.477) e no número de empregados com carteira assinada (39 milhões). Os dados atualizados do trimestre móvel encerrado em julho serão divulgados na próxima terça-feira (16).

A possível desaceleração do mercado de trabalho tem relação direta com os juros altos, instrumento usado pelo Banco Central para conter a inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumula alta de 5,13% em 12 meses, acima do teto da meta do governo (4,5%).

Atualmente, a taxa Selic está em 15% ao ano, maior nível desde 2006. Juros elevados encarecem o crédito, desestimulam investimentos e reduzem a atividade econômica, o que pode ter reflexo negativo sobre emprego e renda.

Renda e percepção de segurança

A pesquisa também mostra que a sensação de estabilidade cresce conforme a faixa de renda:

até um salário mínimo: 32,6% acreditam ser improvável ou muito improvável perder o emprego;

entre um e três salários mínimos: 41,3%;

acima de três salários mínimos: 62,4%.

Satisfação e proteção social

A sondagem, ainda em sua terceira edição mensal, ouviu duas mil pessoas em todo o país e também avaliou outros aspectos da relação de trabalho. Entre os entrevistados, 59,7% disseram estar satisfeitos com a ocupação e 15,3% muito satisfeitos. Já 8% declararam insatisfação e 17% se mostraram neutros.

Sobre proteção social, 33,5% afirmaram se sentir muito desprotegidos, 37,7% parcialmente desprotegidos e 28,7% protegidos.

*Fonte: Agência Brasil

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Fonte: https://oimparcial.com.br/brasil/2025/09/maioria-dos-trabalhadores-nao-teme-perder-emprego-nos-proximos-meses-aponta-pesquisa/