Homicídio no Maranhão: influenciador “Rei da Juquira” é preso

A Polícia Civil do Maranhão prendeu, nesta quarta-feira (17), o influenciador digital Reinaldo da Silva Melo, conhecido como “Rei da Juquira”. Ele foi localizado na zona rural de Olho d’Água das Cunhãs, região do Médio Mearim, após 16 anos foragido. Contra ele havia um mandado de prisão em aberto pelo homicídio de Fábio Gomes da Silva, ocorrido em 2009, no município de Paulo Ramos.

De acordo com as investigações, o crime foi registrado em 12 de dezembro daquele ano e teria sido motivado por vingança. Reinaldo acreditava que Fábio estaria envolvido no assassinato de seu pai, Arlindo Hortêncio de Melo, morto durante a campanha eleitoral de 2004, também em Paulo Ramos.

Mesmo na condição de foragido, Reinaldo ganhou notoriedade nas redes sociais. Produzindo vídeos com humor e referências à cultura rural, ele mostrava a rotina no campo e o trabalho de “juquira” – a limpeza de terrenos agrícolas com foice. Seu estilo atraiu mais de 300 mil seguidores em uma plataforma digital.

A prisão foi realizada por equipes da Polícia Civil de Bacabal, que apresentaram o influenciador ao delegado de plantão. Ele permanece à disposição da Justiça.

Em nota publicada nas redes sociais, a equipe de Reinaldo afirmou que a defesa já está adotando “todas as medidas jurídicas cabíveis” e pediu compreensão do público, ressaltando a importância de evitar julgamentos antecipados.

“O Rei da Juquira vem, por meio desta, esclarecer ao público que, devido a questões legais, encontra-se atualmente privado de liberdade. Informamos que todas as medidas jurídicas cabíveis já estão sendo tomadas por sua defesa, na certeza de que tudo será devidamente esclarecido.

Pedimos a compreensão e respeito de todos neste momento delicado, evitando julgamentos precipitados. Seguimos confiantes na justiça e agradecemos às mensagens de apoio recebidas até aqui.”

O episódio reacende o debate sobre a busca por justiça fora dos meios legais. Para especialistas, recorrer à vingança amplia a dor e transfere o sofrimento para outras famílias, além de gerar novas responsabilidades criminais. Mesmo diante da lentidão ou falhas do sistema, apenas a Justiça oficial pode oferecer uma resposta legítima e evitar que tragédias se repitam.