A Venezuela deu início a uma série de manobras militares em uma ilha no Mar do Caribe. Chamada de “Campanha Caribe Soberano 200”, a operação envolve 12 navios de guerra, 22 aeronaves, 20 embarcações menores e 2.500 militares. O anúncio ocorre em um contexto de escalada de tensões com os Estados Unidos, que, segundo o governo de Donald Trump, reforçou a presença militar na região e conduziu operações que resultaram na morte de 11 supostos narcotraficantes.

O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, afirmou que os exercícios visam elevar a “prontidão operacional para um cenário de conflito armado no mar”. A operação, que inclui o uso de drones e ações de guerra eletrônica, foi uma resposta a uma “voz ameaçadora e vulgar” contra o presidente Nicolás Maduro.

Acusações de narcotráfico e “falsa bandeira”

As manobras venezuelanas acontecem após os Estados Unidos reforçarem sua presença com oito destróieres no Caribe e realizarem ataques a lanchas supostamente ligadas ao narcotráfico.
Em resposta, Diosdado Cabello, o número dois do chavismo e ministro das Relações Interiores, acusou a agência de combate às drogas dos EUA (DEA) de organizar uma operação de “falsa bandeira” para associar a Venezuela ao narcotráfico. Segundo ele, um dos narcotraficantes capturados com mais de 3 toneladas de cocaína seria um agente da própria DEA, uma tentativa de incriminar o país.

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