
A Tesla está prestes a encerrar um trimestre de relativa recuperação após um período prolongado de quedas. A montadora americana de veículos elétricos deve apresentar números positivos de entregas no terceiro trimestre, mas analistas alertam que esse pode ser apenas um respiro temporário diante de um cenário desafiador. As informações são do portal Electrek.
As estimativas atuais variam entre 430 mil e 480 mil veículos entregues, com os analistas mais precisos apostando na faixa superior. Em comparação, no mesmo período de 2024, a Tesla entregou 463 mil carros, o que significa que há uma chance real de crescimento ano a ano. Se confirmado, o resultado quebraria a tendência negativa registrada em 2025 até agora.
Por que o bom momento da Tesla pode ser passageiro
Apesar dos números otimistas, especialistas destacam que parte desse desempenho é inflado por um fator específico: o fim do crédito fiscal federal para veículos elétricos nos Estados Unidos, o que adiantou a demanda que normalmente seria distribuída para o quarto trimestre.
Fora do mercado americano, a situação segue complicada:
- Europa: queda de mais de 5 mil unidades em relação ao mesmo período do ano passado, acumulando retração de 37% no ano;
- China: queda superior a 24 mil unidades em 2025, com o Q3 reforçando o recuo, segundo dados de registros de seguros;
- Estados Unidos: desempenho melhor graças aos incentivos, mas sem garantia de sustentabilidade a longo prazo.

Esse cenário reforça que, embora o trimestre atual pareça positivo, a pressão competitiva e os fatores macroeconômicos devem pesar nos próximos meses.
Desafios globais e pressão da concorrência
O mercado de veículos elétricos está cada vez mais competitivo, com fabricantes europeus e chineses ganhando espaço e oferecendo modelos com preços mais agressivos. Além disso, fatores como custos de produção, variação cambial e redução de incentivos governamentais colocam a Tesla em uma posição desafiadora para manter sua liderança.

Para analistas, o futuro da Tesla dependerá da capacidade da empresa em diversificar sua linha de produtos, aumentar sua eficiência produtiva e sustentar margens de lucro em um setor que está se tornando mais saturado.
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Assim, embora o Q3 traga sinais de melhora, o consenso é que a Tesla terá de enfrentar meses difíceis adiante — e esse pode ser seu último trimestre positivo por algum tempo.
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