Rio apresenta protocolo contra calor extremo em evento paralelo à Assembleia da ONU em Nova York

A cidade do Rio de Janeiro levará à 80ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, sua experiência no enfrentamento às ondas de calor, informa o colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo. Nesta quarta-feira (24), a superintendente de Vigilância em Saúde, Gislani Mateus, apresenta o Protocolo de Enfrentamento ao Calor Extremo durante o 2025 FP Health Forum at UNGA80, encontro paralelo organizado pela revista Foreign Policy em parceria com a Fundação Rockefeller.

A participação carioca será na mesa “Vozes da Linha de Frente: Inovações Locais na Interseção entre Clima e Saúde”, que reúne representantes de diferentes cidades do mundo para debater soluções locais diante dos impactos do aquecimento global na saúde.

Protocolo pioneiro no Brasil

Criado pela Secretaria Municipal de Saúde em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e Clima e o COR-Rio, o protocolo é considerado pioneiro no país. Ele reúne ferramentas de monitoramento, sistemas de alerta precoce e ações de proteção social voltadas a grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças e pessoas em situação de rua.

Segundo Gislani Mateus, os resultados demonstram que iniciativas municipais podem fazer diferença diante da crise climática. “A experiência mostra que políticas públicas locais podem salvar vidas e fortalecer os sistemas de saúde diante da crise climática”, afirmou.

Visibilidade internacional

Além da participação no fórum paralelo à Assembleia da ONU, a superintendente representará o Rio em outros encontros de destaque. Entre eles, estão o lançamento do Case for Action Report, a Climate Week NYC e um workshop na Universidade Yale. Em todos esses espaços, o protocolo carioca será apresentado como exemplo de resposta local para desafios globais na área de saúde e clima.

Cidades na linha de frente

A apresentação do Rio ocorre em um momento em que cidades de diferentes partes do mundo têm sido forçadas a desenvolver estratégias emergenciais para lidar com ondas de calor cada vez mais intensas e frequentes. No caso carioca, a aposta em integração entre saúde, meio ambiente e proteção social busca mostrar que a adaptação é possível e pode servir de referência para outros municípios brasileiros.