25 de setembro de 2025
Damares e Erika Hilton travam guerra nas redes após derrota
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A rejeição da chamada PEC da Blindagem pelo Senado acendeu uma nova disputa política, desta vez no campo virtual. A senadora Damares Alves (Republicanos) e a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) trocaram acusações pelas redes sociais nesta quarta-feira (24), em meio ao clima de tensão provocado pelo fim da proposta.

A discussão começou quando Erika Hilton comemorou no Instagram a decisão unânime da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado de rejeitar a PEC, que previa a necessidade de autorização do Congresso para abertura de ações penais contra parlamentares. A deputada afirmou ainda que Damares apoiaria uma “versão alternativa” do texto que havia passado na Câmara.

Damares não deixou a fala passar em branco e reagiu diretamente em sua conta no X (antigo Twitter). A senadora negou qualquer apoio à proposta e pediu que Erika esclarecesse a origem da informação. “Seria importante que a parlamentar viesse a público esclarecer de onde ouviu tais relatos de que eu apoiei qualquer emenda relacionada a essa PEC”, escreveu, destacando que já havia se posicionado contra a medida antes mesmo das manifestações populares que tomaram as ruas no fim de semana.

Erika Hilton, por sua vez, manteve o tom crítico e citou nominalmente os senadores Sérgio Moro (União) e Ciro Nogueira (PP), afirmando que os protestos do último domingo foram determinantes para que aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro recuassem. “A nossa força foi tanta que nem mesmo os bolsonaristas do Senado quiseram colocar suas digitais nessa PEC que só serve para proteger político bandido, corrupto e assassino”, declarou.

A chamada PEC da Blindagem foi aprovada na Câmara com ampla maioria — 353 votos a favor e 134 contrários —, mas acabou rejeitada na CCJ do Senado com relatório contrário do senador Alessandro Vieira (MDB-SE). O texto previa que deputados e senadores só poderiam ser processados criminalmente com aval prévio de suas Casas Legislativas, além de condicionar prisões em flagrante a uma decisão posterior do plenário.

Críticos da medida viam nela um retrocesso, já que o privilégio de autorização parlamentar para ações criminais foi abolido em 2001. Com a decisão do Senado, a proposta foi enterrada, mas seu impacto político segue reverberando — não apenas no plenário, mas também nas redes sociais, onde as disputas entre governistas e oposição encontram terreno fértil para novos embates.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/damares-e-erika-hilton-travam-guerra-nas-redes-apos-derrota-da-pec-da-blindagem/