
O Banco do Nordeste (BNB) realizou, nessa quinta-feira (25), na sede da Superintendência Estadual, em São Luís, reunião setorial da Programação do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) 2026. O encontro reuniu autoridades estaduais, representantes dos setores produtivos, instituições parceiras e sociedade civil organizada para discutir alocação de R$ 5,5 bilhões em recursos constitucionais para o Maranhão em 2026.
Operacionalizado com exclusividade pelo Banco do Nordeste em toda a sua área de atuação, que compreende todos os estados nordestinos e parte de Minas Gerais e do Espírito Santo, o FNE é recurso subsidiado pelo Governo Federal que contribui diretamente com o fomento às atividades produtivas de empreendimentos instalados na área da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
Para 2026, no Maranhão, o orçamento do FNE será direcionado, de forma proporcional, considerando critérios como demanda por segmento de negócios, histórico de contratações com ponderação sobre os dados do exercício corrente, além das expectativas de demanda para o próximo período. Desse modo, ficou definida a distribuição de maior dotação para o segmento da pecuária, com R$ 1,86 bilhão, seguido de comércio e serviços (R$ 1,4 bilhão), agricultura (R$ 1,2 bilhão), infraestrutura (R$ 702 milhões), indústria e agroindústria (219,1 milhões), turismo (R$ 66,1 milhões) e pessoa física (22,6 milhões).
O superintendente estadual do BNB, Isaque Nascimento, destacou a relevância do encontro como momento de consolidação dos esforços coletivos.
“Estamos aqui para consolidar este trabalho conjunto, gratos por todas as instituições que participam desse processo. O Banco do Nordeste tem sido um grande agente de desenvolvimento, graças ao apoio que recebemos de instituições para tornar efetivas tantas ações em prol do desenvolvimento. Este momento é um marco, porque evidencia o potencial econômico e produtivo do Maranhão para o próximo exercício”, frisou.
O executivo destacou, ainda, que até o mês de agosto deste ano, o BNB já aplicou R$ 3,8 bilhões em recursos do FNE no Maranhão, em mais de 103 mil operações de crédito. Os setores de destaque no recebimento de investimentos, até o momento, são agricultura e pecuária, que receberam R$ 1,1 bilhão e R$ 1 bilhão, respectivamente, seguindo a vocação produtiva do estado e o registro de demandas por crédito de fomento.
Além da apresentação dos cenários macroeconômicos do Maranhão, histórico de contratações e projeções setoriais, a reunião também detalhou as etapas seguintes do cronograma de elaboração da Programação do FNE 2026, que seguirá para apreciação da Diretoria do Banco e, posteriormente, para o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e aprovação do Conselho Deliberativo da Sudene.
Diretrizes 2026
Durante o encontro, foram apresentadas as diretrizes para aplicação dos recursos, a exemplo de percentual mínimo de 62% em projetos dos portes considerados prioritários (microempreendedores urbanos e rurais, agricultores familiares, mini e pequenos produtores rurais, micro e pequenas empresas e empresas de porte pequeno-médio).
Para 2026, o foco de aplicação dos recursos do FNE será voltado principalmente a projetos que promovam a agricultura familiar e a agroindústria; energias renováveis; indústria de transformação e inovação; infraestrutura; Novo PAC; serviços digitais e tecnológicos; saúde, educação e assistência social; turismo, cultura e economia criativa.
Essas políticas de aplicação do FNE são definidas pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
Parcerias
O secretário-chefe da Secretaria Geral de Governadoria do Estado do Maranhão, Luís Fernando Silva, reforçou o caráter participativo do processo de definição do orçamento do FNE.
“A presença dos representantes do poder público e do empresariado neste evento é fundamental. Desde a primeira etapa de construção coletiva do plano de aplicação dos recursos do FNE, as entidades representativas do empresariado maranhense estão presentes. Assim, não restam dúvidas de que a proposta de aplicação de recursos não é somente do Banco do Nordeste, foi construída a muitas mãos. O Governo do Estado está e sempre estará à disposição do Banco para construir o desenvolvimento do nosso estado”, ressaltou.
Também participaram da reunião, o superintendente do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Wellington Reis, a superintendente do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Suziane Machado, o vice-presidente da Associação Comercial do Maranhão, Fernando Dauilibe, o assessor de Relações Institucionais e Governamentais da Federação das Indústria do Estado do Maranhão (Fiema), Roberto Bastos além de representantes das Secretarias de Estado da Indústria e Comércio (Seinc), da Agricultura e Pecuária (Sagrima), de Desenvolvimento Econômico e Programas Estratégicos (Sedepe), de Planejamento (Seplan), do Desenvolvimento Social (Sedes), da Educação (Seduc), da Igualdade Racial (Seir) e ainda da Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Maranhão (Agerp), do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), da Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), do Sebrae/MA, da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/09/maranhao-pode-receber-r-55-bilhoes-via-banco-do-nordeste-e-parceiros-em-2026/