Com chuvas no Rio Grande do Sul e seca no Amazonas, os efeitos das mudanças climáticas estão pautando o Brasil. Segundo um levantamento do CDP (Carbon Disclosure Project), 19% da população que sofrerá os efeitos das mudanças climáticas são famílias de baixa renda.
O estudo ainda aponta que 12 estados brasileiros não possuem plano ou estratégia de ação climática e somente 58% dos estados contam com pelo menos uma meta de redução de suas emissões de gases de efeito estufa.
Quando se trata de análise de riscos e vulnerabilidades climáticas, apenas 13 estados têm planos com ações de mitigação para eventos extremos.
“Além da ação emergencial, é de suma importância que as autoridades contem com instrumentos de gestão climática, metas e objetivos, planos e recursos que visem prognosticar, diminuir e até preparar os seus territórios à ocorrência destes eventos”, diz Rebeca Lima, diretora-executiva do CDP Latin America.
Os três primeiros riscos e vulnerabilidades climáticas identificados pelos estados são: seca (16%), temporadas de incêndio (10%) e inundações urbanas (9%).
“Mesmo com as estratégias climáticas, estados e cidades ainda encontram desafios para implementar suas ações, sendo um dos principais os recursos necessários para implementação de projetos de mitigação e adaptação climáticos, que chegam a representar R$ 42,8 bilhões para estados”, finaliza Rebeca.
Os dados são de 2022, os estados foram convidados a responder um questionário com aproximadamente 60 perguntas para apresentar suas estratégias, políticas, planos, esforços e ações relacionadas a questões climáticas, ambientais e florestais.
Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/estudo-preve-que-19-da-populacao-que-sofrera-os-efeitos-das-mudancas-climaticas-sao-familias-de-baixa-renda/