
Apesar da estiagem prolongada e das altas temperaturas que atingem o Maranhão, o estado registrou redução nos focos de calor neste ano em comparação a 2024. Segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a queda foi de 12,64%.
Em algumas regiões, já são mais de cinco meses sem chuvas. A baixa umidade relativa do ar e os ventos fortes aumentam o risco de propagação de queimadas e incêndios florestais, mas os números apontam uma melhora em relação ao ano anterior.
Queda registrada nos últimos meses
Entre julho e a terceira semana de setembro, houve diminuição significativa nos registros. Em julho de 2024, foram contabilizados 2.320 focos, contra 1.548 no mesmo mês de 2025. Em agosto, o número caiu de 2.892 para 2.493. Já em setembro, de 4.132 focos em 2024, foram registrados 3.857 neste ano.
A redução está diretamente ligada à operação Maranhão Sem Queimadas – Protetores do Bioma, coordenada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), que intensificou ações de prevenção e combate no período crítico da estiagem, de julho a novembro.
Estratégia e união de forças
As ações incluem campanhas educativas, formação de brigadas florestais, entrega de kits de combate, monitoramento por satélite e drones, além de fiscalização mais rigorosa. Para o comandante-geral do CBMMA, coronel Célio Roberto, a integração das forças de segurança e da comunidade tem sido essencial:
“Estamos enfrentando uma estiagem bastante atípica. Mesmo com a redução dos focos de calor, ainda temos pessoas que insistem no uso irregular do fogo. O combate e a fiscalização estão ativos para frearmos o avanço destas ocorrências e a união de esforços é muito importante”, afirmou.
Neste ano, cerca de 100 municípios aderiram à operação, ampliando a rede de prevenção. Ao todo, 38 brigadas foram formadas, incluindo comunidades indígenas, com entrega de equipamentos e materiais de proteção.
As equipes atuam com viaturas 4×4, rádios comunicadores, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARPs), que auxiliam na identificação de áreas de risco. O reforço da Força Nacional também contribui para as ações.
Proibição do uso do fogo
Desde julho, está em vigor um decreto estadual que proíbe o uso do fogo em qualquer atividade até 15 de novembro, salvo em casos autorizados por órgãos competentes. Ainda assim, especialistas alertam que mesmo queimadas autorizadas representam risco, já que podem sair do controle e provocar incêndios florestais.
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Fonte: https://oimparcial.com.br/brasil/2025/10/maranhao-registra-queda-nos-focos-de-queimadas-mesmo-com-estiagem-severa/