Linda Martini regressam a Braga para apresentar o seu novo disco “Passa-montanhas”

O concerto no gnration está marcado para a próxima sexta-feira, 10 de outubro, às 21:30.

São uma das bandas mais influentes da cena rock independente feita nos últimos vinte anos anos em Portugal. Com o sétimo álbum de estúdio nas mãos, Linda Martini retornam sexta-feira, 10 de outubro, ao gnration para apresentar Passa-Montanhas ao vivo.

Responsáveis por introduzir toda uma geração de público e músicos à cena alternativa feita em território nacional, os Linda Martini editaram em janeiro Passa-Montanhas. Com mais de mais de vinte anos de carreira, a banda estreou-se nos longa-duração em 2006, com o mítico Olhos de Mongol. Seguiu-se Casa Ocupada (2010) e Turbo Lento (2013), dois trabalhos que os cimentaram como um dos atos mais interessantes do rock e pós-hardcore português. Depois veio o contido Sirumba (2016) e, dois anos mais tarde, rasgam prego a fundo até novos públicos com o homónimo Linda Martini (2018), um disco bem mais abrasivo do que o antecessor, em que se destacam canções como Boca de Sal, Se Me Agiganto ou Gravidade. Este quinto álbum foi também o primeiro a contar com o catalão Santi Garcia na produção, um nome que acompanha a banda desde então, sendo também responsável por Errôr (2022) e Passa-Montanhas (2025).

Originária da Linha de Sintra, a banda é composta por André Henriques (voz e guitarra), Cláudia Guerreiro (baixo), Hélio Morais (bateria) e Rui Carvalho, também conhecido como Filho da Mãe (guitarra). O sétimo disco leva os Linda Martini de volta às origens, tanto na sonoridade como na geografia, os subúrbios de Lisboa. Um exemplo disso está plasmado na capa do álbum que exibe a imagem do Corvo, uma personagem mítica de Massamá dos anos 90 criada por Beto C.O. com o objetivo de unir os grupos de jovens da zona contra um inimigo comum. Na sonoridade, são as raízes no hardcore que voltam à tona; mostram-se mais pesados e barulhentos do que nunca, mas também mais silenciosos e recatados. As canções alargam-se entre a calma e a pujança que a banda bem nos habitou. A Mão Como A Maré, faixa que encerra este disco, torna este contraste evidente; espaçando-se por mais de dez minutos, temos de recuar ao EP homónimo de 2006 – à canção Lição de Vôo nº1 – para encontrarmos uma peça tão longa na discografia desta instituição do rock nacional.

Com canções de arestas aguçadas, nos sons e nas palavras, Linda Martini estão sempre à procura do próximo grito. Chegam a Braga na reta final da digressão que começaram em janeiro. Ao longo do ano, encheram salas por Portugal inteiro, passaram por São Paulo, no Brasil, regressaram ao festival Paredes de Coura com uma atuação fresca e poderosa. Antes de encerrarem este capítulo de 2025, retornam ao gnration, por onde passaram há oito anos, em 2017.

Os bilhetes para o espetáculo podem ser adquiridos em https://gnration.bol.pt, balcão gnration e locais habituais.