Cantor maranhense Junior Marques desponta no cenário sertanejo com autenticidade e emoção

O sertanejo, que há décadas ecoa nas vozes de grandes nomes da música brasileira, tem um novo representante vindo do coração do Maranhão. Natural de Imperatriz, o cantor vem quebrando barreiras e conquistando o país com sua autenticidade, talento e o orgulho de representar sua terra natal em um gênero ainda pouco associado ao estado.

Criado em um lar onde o som de Zezé di Camargo & Luciano, Amado Batista e Leandro & Leonardo embalava os dias, ele encontrou no sertanejo inspiração e propósito de vida.

“Essas vozes potentes marcaram a minha infância. Cresci ouvindo essas letras que falam direto ao coração e percebi que aquilo não era só passatempo, era o caminho que eu queria seguir”, relembra.

Mesmo distante dos grandes polos sertanejos, ele seguiu firme em sua verdade artística. Enfrentou preconceitos e chegou a ouvir que deveria mudar de estilo para se adaptar ao mercado local. Mas a paixão pela música falou mais alto.

“Ser de Imperatriz nunca foi um limite. Sempre quis mostrar que o Maranhão também pode revelar artistas de peso no sertanejo”, afirma.

A virada de chave veio com o convite de Gusttavo Lima para gravar a faixa “Eu Tô Indo Aí”. O feat ultrapassou 50 milhões de visualizações no YouTube e consolidou o maranhense no cenário nacional.

“Foi surreal ver meu trabalho chegar até ele. O Gusttavo é uma das minhas grandes referências e essa conexão mudou minha trajetória”, destaca.

Hoje, com o projeto “Sofrendo em Alto Nível”, o artista mistura regravações marcantes e músicas inéditas. Entre elas, o sucesso “Tô Morrendo de Saudade”, que já figura entre as mais tocadas em diversas regiões do país. O reconhecimento levou à gravação de uma segunda edição do DVD, que também já está disponível pelas plataformas digitais.

Para ele, cada conquista é também uma forma de exaltar suas origens. “Levar o nome do Maranhão comigo é um orgulho imenso. Quero mostrar que, mesmo vindo de um estado que não é tradicionalmente sertanejo, a gente pode escrever uma história nacional com verdade e emoção”, ressalta.