
O governo de São Paulo anunciou na última quinta-feira (9) um novo protocolo para detectar metanol em bebidas adulteradas, desenvolvido pela Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC).
A medida é inédita no Brasil e já está sendo compartilhada com outros estados, em meio à crise sanitária provocada por casos fatais de intoxicação.
Detecção é feita em quatro etapas
- O método permite resultados mais rápidos, uma vez que já foram confirmados 30 casos de contaminação
- Ele também possibilita que peritos identifiquem a porcentagem tóxica de metanol mesmo sem laudo completo.
- A análise é feita em quatro etapas, que incluem: seleção de amostras apreendidas; verificação de lacres, selos e rótulos; triagem com equipamento portátil para detectar substâncias químicas; e cromatografia gasosa, que determina a concentração exata do composto.
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Protocolo de padrão internacional
De acordo com a perita Karin Kawakami, o protocolo foi baseado em padrões internacionais, mas precisou ser aperfeiçoado para acelerar diagnósticos diante do aumento de casos.
“A gente já segue um protocolo internacional, mas tivemos que aprimorá-lo para obter resultados mais rápidos”, explicou Kawakami.
Até agora, cinco pessoas morreram em São Paulo por intoxicação com bebidas contaminadas e 23 casos foram confirmados. As autoridades esperam que o novo sistema ajude a identificar rapidamente produtos falsificados e evitar novas mortes.

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Fonte: https://olhardigital.com.br/2025/10/10/medicina-e-saude/sao-paulo-cria-protocolo-inedito-para-detectar-metanol-em-bebidas-adulteradas/