Fiéis celebram os 413 anos da 1ª missa católica em solo do Vinhais

O dia 20 de outubro marca a primeira celebração religiosa católica na região do Vinhais, em São Luís. Há 413 anos, com a chegada dos franceses, foi construída a 1ª igrejinha e celebrada a 1ª Missa nas terras do Vinhais. Por isso, para marcar a data, fieis da paróquia de São João Batista, no Vinhais Velho, farão uma celebração especial nesta segunda-feira, com missa às 19h30.

O episódio, que remonta a 1612, marca o início do processo de ocupação europeia na região. A data relembra o momento em que os franceses, liderados por Daniel de La Touche, senhor de La Ravardière, chegaram à ilha com o objetivo de fundar a França Equinocial.

Ao aportarem no litoral maranhense, os colonizadores europeus estabeleceram acampamento e iniciaram a construção de um pequeno templo católico, que é considerado por muitos historiadores como a primeira igreja da região do Vinhais.

Foi nesse local que se celebrou a primeira missa católica em solo do Vinhais, presidida por frades capuchinhos franceses, como Frei Claude d’Abbeville e Frei Yves D’Évreux, figuras fundamentais na missão religiosa da época. A cerimônia teve não apenas um caráter religioso, mas também simbólico: representava a tentativa de estabelecer os valores e a cultura europeia sobre a nova terra, em diálogo com os povos indígenas que ali habitavam.

Patrimônio histórico e fé popular

Hoje, passados mais de quatro séculos, o bairro do Vinhais, um dos mais tradicionais de São Luís, busca preservar essa memória. A igrejinha original já não existe mais em sua forma primitiva, mas a lembrança da primeira missa e da presença dos franceses permanece viva na oralidade, na fé popular e em iniciativas culturais da comunidade.

A celebração também reacende o debate sobre a preservação do patrimônio histórico e religioso de São Luís, cidade reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade.
Com 413 anos de história, o bairro do Vinhais se reafirma como um espaço de memória, fé e resistência cultural.

A celebração da primeira missa e a lembrança da primeira igrejinha não são apenas parte de um passado distante, mas um chamado à valorização das origens de São Luís, cidade que nasceu entre missões, batalhas e sonhos de conquista, mas que se mantém viva graças à força de seu povo.