Ceprama celebra 36 anos com homenagens, música e valorização do artesanato maranhense

O Centro de Comercialização de Produtos Artesanais do Maranhão (Ceprama) completou 36 anos de portas abertas à arte, à cultura e às mãos que moldam a identidade do povo maranhense. A celebração, realizada na segunda-feira (20), foi marcada por emoção, memória e reencontros — um dia dedicado a agradecer o passado e celebrar o futuro.

Logo na abertura, o bloco tradicional Os Guardiões deu o tom festivo da programação. Entre aplausos e sorrisos, o gestor do Ceprama, Silvério Júnior (Boscotô), surpreendeu o público ao cantar o samba “Ceprama”, do compositor Cristóvão Alô Brasil, uma homenagem à casa e ao artesanato que emocionou os presentes.

“O artesanato é vida. Trabalhar com ele é uma bênção. Quando as pessoas visitam o Maranhão e passam pelo Ceprama, levam mais do que uma peça, levam uma lembrança materializada da nossa cultura”, contou a artesã Lúcia Franco, que há 35 anos atua no espaço com biojoias.

Durante o evento, foi inaugurado o novo auditório do Ceprama, totalmente requalificado e pronto para receber palestras, apresentações e encontros culturais. A inauguração contou com uma encenação teatral de artistas de Cantanhede, que retrataram o cotidiano do campo em uma performance leve e emocionante.

Entre os homenageados, destaque para Terezinha de Jesus Amorim, moradora da Madre Deus e poetisa, que recebeu certificado de honra.

“Quando eu me entendi, o Ceprama era uma fábrica de fiação. Hoje vejo um espaço alegre, cheio de vida e arte. É motivo de orgulho ver minha terra valorizada assim”, disse, emocionada.

Exposição “Retratos da Ancestralidade”

Um dos destaques da comemoração foi a exposição “Retratos da Ancestralidade”, da fotógrafa e publicitária Ângela Angelotti, de São Paulo. Em cartaz até o dia 27, a mostra reúne registros de 26 comunidades quilombolas de Cantanhede (MA), evidenciando o encontro entre gerações e o diálogo entre tradição e modernidade.

“Quis mostrar o novo e o velho, quem guarda e quem renova a tradição”, explicou Angelotti.

A mostra é uma realização da Coordenação Estadual do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB Maranhão) em parceria com a Prefeitura de Cantanhede.

“A exposição reafirma o compromisso conjunto do Ceprama, do PAB e do município de Cantanhede com a valorização da ancestralidade e das expressões culturais maranhenses”, afirmou Rosângela Ludovico, secretária de Igualdade Racial do município.

Encerramento e próxima edição

A mesa de abertura contou com as presenças do subsecretário da Setur-MA, Luiz Thadeu; do gestor do Ceprama, Silvério Júnior; do secretário de Governo, Márcio Machado; do presidente da Fundação da Memória Republicana Brasileira, Kécio Rabelo; e da gestora da Segov, Giesta Nogueira.

Representando a secretária de Turismo, Socorro Araújo, o secretário adjunto Ruan destacou os avanços recentes na gestão.

“O Ceprama é símbolo de requalificação e integração. Desde que a professora Socorro assumiu, muita coisa mudou, e mudou para melhor. Tudo aqui foi feito com esforço coletivo, como o turismo deve ser”, afirmou.

O evento também marcou a edição especial de outubro do Vila Arte – MaranhenCidades, que encerra as comemorações dos 36 anos do Ceprama com música, gastronomia e arte. A próxima edição está marcada para 29 de novembro, prometendo mais um encontro de sabores, sons e cores maranhenses.

Fonte: Governo do Maranhão