Uma bancária maranhense foi presa em flagrante na tarde de domingo (26/10) no Aeroporto Internacional de Brasília, após afirmar, no momento do embarque, que “havia uma bomba na mala”. A Polícia Federal autuou Karyny Virgino Silva por atentado contra a segurança do transporte aéreo.
Segundo informações contidas na petição inicial da defesa, Karyny estava acompanhada de uma amiga quando fez a declaração no balcão de uma companhia aérea. O atendente interpretou a frase como uma ameaça real e acionou os agentes da PF, que efetuaram a prisão imediatamente.
Durante o depoimento, a própria bancária confirmou ter dito a frase, mas alegou que se tratava de uma “brincadeira de mau gosto”, sem qualquer intenção de provocar pânico. Ela classificou o episódio como um “mal-entendido” e reconheceu ter agido de forma imprudente. A amiga que estava com ela optou por permanecer em silêncio e foi liberada em seguida.
De acordo com o relatório policial, as operações no aeroporto continuaram normalmente e nenhum voo precisou ser suspenso, adiado ou cancelado por conta do incidente.
A defesa de Karyny afirmou, em pedido de liberdade provisória apresentado ainda na noite de domingo, que a atitude da bancária foi irresponsável, mas sem dolo, ou seja, sem a intenção de causar pânico ou prejudicar o funcionamento do aeroporto. Os advogados consideram a prisão preventiva “desnecessária e desproporcional”, destacando que a ré é primária, possui endereço fixo e vínculo empregatício.
O pedido solicita a substituição da prisão por medidas cautelares, como a obrigação de comparecimento periódico à Justiça, a proibição de frequentar aeroportos e restrição de viagens sem autorização judicial.
Conforme o artigo 261 do Código Penal, é previsto o cumprimento de pena de dois a cinco anos de reclusão para quem praticar ato que impeça ou dificulte a navegação aérea, marítima ou fluvial. Caso fique comprovada a intenção de causar perigo, o crime é considerado grave e equiparado a atentado contra a segurança pública.
O caso está sob análise da Justiça Federal do Distrito Federal, que deve decidir nas próximas horas sobre o pedido de liberdade provisória. A investigação continua sob responsabilidade da Polícia Federal, que apura as circunstâncias e eventuais riscos à segurança aérea.
Fonte: https://oimparcial.com.br/justica/2025/10/falsa-ameaca-de-bomba-bancaria-maranhense-e-presa-em-aeroporto-de-brasilia/
