O projeto “Grafite nas Escolas”, idealizado pelo coletivo de grafiteiros Efeito Colateral e liderado pelo artista plástico Gil Leros, chegou ao sul do Maranhão com oficinas e intervenções artísticas realizadas nos polos do IEMA em Balsas e Carolina. A iniciativa busca aproximar os estudantes da arte urbana, estimulando a criatividade, o aprendizado e o contato com expressões culturais contemporâneas.
Durante as atividades, os alunos participaram da exibição do documentário “Amo Poeta e Cantador”, que retrata o grafite e as manifestações culturais do Maranhão, ampliando a compreensão sobre o papel da arte na valorização da identidade maranhense.
“Temos visto esses rabiscos nas ruas e agora estamos levando o grafite para dentro da sala de aula, para dialogar com os jovens e apresentar essa arte a muitos que, muitas vezes, ainda não tiveram esse contato no ambiente escolar”, afirmou Gil Leros, artista plástico e idealizador do projeto.
Pela primeira vez, o projeto percorreu mais de 800 quilômetros entre São Luís e o sul do estado. A passagem pelos polos do IEMA em Balsas e Carolina marca uma nova etapa na expansão da iniciativa, que busca democratizar o acesso à arte e fortalecer o movimento do grafite no interior do Maranhão.
O artista plástico Felipe Crispim, que atua na região sul, celebrou o impacto da ação:
“Eu me sinto motivado, porque no sul do Maranhão o grafite era um movimento praticamente inexistente. Ver esse movimento ganhando espaço e os estudantes reconhecendo a importância do grafite é incrível. Isso me motiva ainda mais a fazer e a ensinar arte.”
A professora de Artes Visuais do IEMA Polo Balsas, Catiane Novak, destacou o impacto educativo da proposta:
“O projeto traz uma nova visão de arte, a linguagem do hip hop e da acessibilidade. Promove nos estudantes o desejo de criar, e muitos estão se interessando pela arte — isso desperta talentos que talvez estivessem adormecidos.”
A artista Mainã, integrante do coletivo, ressaltou o entusiasmo dos alunos durante as oficinas:
“Em cada IEMA é muito interessante ver como os alunos são curiosos. Eles perguntam, se interessam pelas técnicas e se envolvem de verdade com a arte.”
Já a estudante Josephine, participante das aulas de grafite pelo edital Spray na Mochila, contou como a experiência transformou sua percepção sobre a arte urbana:
“Além de expressar a criatividade, o grafite abre horizontes. Um simples rabisco vira uma arte. No começo muitos pensam que é pichação, mas logo percebem que se transforma em uma obra. Isso incentiva os estudantes — é um movimento que precisa crescer dentro das escolas.”
O grupo segue agora para o IEMA Polo Carolina, onde realizará novas oficinas e exibirá novamente o documentário “Amo Poeta e Cantador”. O projeto “Grafite nas Escolas” continua sua jornada levando arte, cultura e expressão urbana para dentro das escolas, inspirando novas gerações de artistas maranhenses.
Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/10/projeto-grafite-nas-escolas-leva-arte-e-cultura-urbana-ao-sul-do-maranhao/
