Boas notícias! O desmatamento na Floresta Amazônica brasileira vem diminuindo mês a mês por mais de um ano, atingindo a menor taxa em cinco anos, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Entre agosto de 2023 e abril de 2024, o sistema Deter do Inpe registrou uma queda impressionante de 51% no desmatamento em comparação ao mesmo período entre 2022 e 2023. Este declínio é ainda mais notável considerando que grandes áreas do norte da Amazônia foram atingidas por secas extremas desde 2023 – condição que geralmente aumenta o risco de incêndios florestais, mas esse ano parece ser uma exceção.
O desmatamento da Amazônia é um problema complexo, impulsionado pela extração de madeira, mineração e pecuária, todos motivados pela alta demanda global por commodities como carne bovina, soja e óleo de palma. Produtos derivados dessas atividades muitas vezes acabam nas prateleiras dos supermercados e nos restaurantes de fast-food ao redor do mundo.
Além disso, bancos e instituições financeiras, especialmente na Europa e nos EUA, estão investindo bilhões de dólares no agronegócio, que é muitas vezes ligado ao desmatamento.
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Satélites ajudam a monitorar desmatamento da Amazônia
O Inpe monitora o desmatamento na Amazônia através de imagens de satélite, que fornecem uma visão clara da quantidade de terra que está sendo desflorestada. A recente queda no desmatamento pode ser, em parte, atribuída ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desde que assumiu o cargo em janeiro de 2023, substituindo Jair Bolsonaro, tem implementado políticas mais favoráveis ao meio ambiente.
Durante o mandato do antecessor, o desmatamento atingiu alguns dos maiores índices registrados. Sua administração, marcada por uma abordagem nacionalista e pró-agronegócio, afrouxou muitas leis de proteção ambientais e prejudicou os direitos dos povos indígenas.
Em contrapartida, Lula foi eleito com a promessa de combater o desmatamento, subsidiar a agricultura sustentável e reformar o código tributário como parte de um novo acordo verde. Apesar de algumas críticas sobre desvios em suas promessas, conforme destaca o jornal The Guardian, os resultados recentes são animadores.
No entanto, ainda há muito trabalho a ser feito. Estudos indicam que as mudanças climáticas e o desmatamento contínuo podem levar a Amazônia a um colapso potencial até 2050, transformando grandes áreas de floresta em pastagens ou ecossistemas degradados.
“Estamos nos aproximando de um potencial ponto de inflexão em grande escala”, alertou Bernardo Flores, pós-doutor em Ecologia pela Universidade Federal de Santa Catarina e autor principal de um estudo recente, à agência France-Presse.
Enquanto celebramos esses avanços, é de suma importância continuar os esforços para proteger a Amazônia e garantir que ela permaneça uma peça vital do ecossistema global.
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