30 de outubro de 2025
governador bolsonarista faz banho de sangue no Rio de Janeiro
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A entidade observa em nota que a “opção pelo confronto na rota de fuga, onde ninguém vê, ninguém filma, feita pelas forças de segurança, é uma inequívoca demonstração de que objetivo era o simples extermínio dado a disparidade das forças no confronto”

O Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB) divulgou nota em que condena o massacre provocado pelo governo do Rio de Janeiro em incursão nos Morros da Penha e do Alemão.

“O governador do Rio de Janeiro transformou a 3ª. feira, dia 28 de outubro de 2025 na mais sangrenta que a cidade já viveu”, diz a nota.

“Numa clara demonstração de que a ação faz parte do cenário das eleições que se aproximam o governador do Rio recebeu a imediata solidariedade dos governadores de direita, que até então escanteados do noticiário nacional pelas seguidas derrotas políticas do fosso bolsonarista agora encontraram um nicho para aparecer”, denuncia a entidade.

A megamaldade do governador Cláudio Castro é considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, deixando mais de 130 mortos na Penha e no Alemão.

Leia a nota do CNAB na íntegra:

Governador bolsonarista faz banho de sangue no Rio de Janeiro

Decapitações, tortura e execuções em ação premeditada

O governador do Rio de Janeiro transformou a 3ª. feira, dia 28 de outubro de 2025 na mais sangrenta que a cidade já viveu.

Sob o pretexto do cumprimento de 100 mandados de prisão, 2.500 homens da força pública estadual cercaram e invadiram os Morros da Penha e do Alemão. Até o momento estima-se em 130 mortos, inclusive 4 policiais. Mais de 60 corpos foram abandonados na zona da mata e resgatados pelos próprios moradores da comunidade local.

A opção pelo confronto na rota de fuga, onde ninguém vê, ninguém filma, feita pelas forças de segurança, é uma inequívoca demonstração de que objetivo era o simples extermínio dado a disparidade das forças no confronto.

O objetivo era a exibição de um troféu, que ocupou as redes sociais. Numa clara demonstração de que a ação faz parte do cenário das eleições que se aproximam o governador do Rio recebeu a imediata solidariedade dos governadores de direita, que até então escanteados do noticiário nacional pelas seguidas derrotas políticas do fosso bolsonarista agora encontraram um nicho para aparecer.

É evidente que os armamentos pesados não são produzidos nas comunidades e favelas. São reflexo do tráfico internacional que cada vez mais cresce e que aqui no Brasil teve uma das barreiras ao seu controle derrubadas pela ação do governo Bolsonaro que quebrando a legislação impulsionou da circulação de armas sem controle de ninguém. Só do tráfico nacional e internacional.

As comunidades em questão abrigam em torno de 200 mil habitantes. São áreas outrora habitadas por muitos operários das fábricas metalúrgicas e de outros ramos da indústria, mas que continuam sendo habitadas principalmente por trabalhadores.

A alegação da polícia do Rio de que preferiu o confronto na zona de mata para “preservar” a população é falsa porque a própria população local foi obrigada a recolher os corpos abandonados na mata e exibi-los em praça pública da Penha, numa cena de choque, horror e barbárie. Numa demonstração evidente de que o Estado quando controlado pela direita, como é o caso do Rio de Janeiro existe, para aterrorizar, oprimir e esmagar a população.

A truculência do governo de Cláudio Castro não resolve e nem tem este objetivo. É apenas um instrumento para jogar uma cortina de fumaça sobre um governo inoperante, incapaz, corrupto e sanguinário.

Irapuan Santos

Presidente

Fonte: https://horadopovo.com.br/cnab-governador-bolsonarista-faz-banho-de-sangue-no-rio-de-janeiro/