A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta sexta-feira (31) que a bandeira tarifária para o mês de novembro permanecerá no patamar vermelho 1. Com isso, o adicional cobrado na conta de luz seguirá o mesmo valor aplicado desde outubro, sem alteração para os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Segundo a Aneel, a decisão foi tomada devido ao cenário hídrico desfavorável que o país enfrenta. O volume de chuvas segue abaixo da média histórica e os níveis dos reservatórios continuam baixos, o que obriga o acionamento de usinas termelétricas — fontes de energia mais caras.
“O cenário segue desfavorável para a geração hidrelétrica, devido ao volume de chuvas abaixo da média e à redução nos níveis dos reservatórios. Dessa forma, para garantir o fornecimento de energia é necessário acionar usinas termelétricas, que têm custo mais elevado, justificando a manutenção da bandeira vermelha patamar 1”, informou a agência em nota.
Custo continua o mesmo
Com a bandeira vermelha patamar 1, o acréscimo é de R$ 4,463 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Em setembro, o país havia operado sob a bandeira vermelha patamar 2, com custo de R$ 7,877 por 100 kWh, o que significa que, embora a situação tenha melhorado ligeiramente em outubro, ainda não há condições para retornar à bandeira amarela ou verde.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para tornar mais transparente o custo real da geração de energia. Antes dele, as variações nos custos de produção — provocadas, por exemplo, pela necessidade de ativar termelétricas — eram repassadas ao consumidor somente no reajuste anual, corrigidas pela taxa Selic.
Entenda o sistema de bandeiras
As bandeiras funcionam como um alerta sobre as condições de geração no país e o impacto no preço final da energia. Quando as condições são favoráveis, aplica-se a bandeira verde, que não gera acréscimo. A bandeira amarela indica custos moderados e acrescenta R$ 1,885 a cada 100 kWh. Já os patamares vermelho 1 e 2 indicam maior escassez e custos crescentes, com os acréscimos de R$ 4,463 e R$ 7,877, respectivamente.
Para os especialistas, o sistema ajuda o consumidor a entender o momento de economizar energia, adaptando o uso de equipamentos e evitando desperdícios em períodos de alta demanda ou baixa oferta.
Fonte: https://agendadopoder.com.br/aneel-mantem-bandeira-vermelha-1-em-novembro-e-tarifa-extra-igual/
