Os RPGs estão entre os gêneros mais amados dos games, e parte dessa paixão vem da sua enorme diversidade. Desde os RPGs japoneses com estética de anime, aos de turno, passando pelos mais voltados a ação ou até de captura de monstros, a galeria de títulos é muito rica.
Entre seus subgêneros mais clássicos está o Dungeon Crawler, que foca na exploração de masmorras repletas de monstros, armadilhas e tesouros.
Nesta matéria, vamos explicar o que é esse gênero, como ele surgiu e por que continua tão relevante no mundo dos games. Acompanhe!
O que são jogos Dungeon Crawler?
As origens e o conceito do Dungeon Crawler
Dungeon Crawler significa “rastreador de masmorras”, e é o termo para jogos focados em exploração, combate e estratégia dentro de labirintos repletos de perigos.
O conceito de “Dungeon Crawler” surgiu nos RPGs de mesa, como no famoso Dungeons & Dragons (Masmorras e Dragões). Esses RPGs permitem que jogadores explorem masmorras criadas por mestres e enfrentavam monstros em busca de tesouros. Em 1975, o tabuleiro Dungeon! adaptou essa experiência para um formato competitivo e acessível.
Pouco depois, o gênero chegou aos computadores. Títulos com pedit5 e dnd, pioneiros no sistema PLATO, que estabeleceram as bases para os RPGs eletrônicos e inspiraram títulos modernos até hoje.
A ascensão nos videogames
Nos anos 1980, o gênero ganhou forma definitiva com títulos como “Rogue”, “Wizardry”, “The Bard’s Tale”, “Ultima”, “Might and Magic” e “Dungeon Master”. Esses jogos estabeleceram padrões como o combate em turnos, a progressão por níveis e o mapeamento manual das masmorras.
Com o tempo, séries como “Dragon Slayer”, “The Tower of Druaga” e “Gauntlet” incorporaram ação em tempo real, expandindo o alcance do gênero. O formato evoluiu rapidamente, equilibrando combate dinâmico, coleta de itens e elementos de RPG, uma base que influenciou títulos como “Diablo” e “The Binding of Isaac”.
A era moderna dos dungeon crawlers
A partir dos anos 1990 e 2000, o gênero passou a dialogar com outras formas de jogo. “Diablo II” e “III” popularizaram o sistema de saque e progressão infinita. Já os jogos da From Software como “Dark Souls” e “Bloodborne” modernizaram o conceito com um foco mais sombrio e desafiador.
Hoje, o gênero está presente em títulos como “Elden Ring”, “Dark and Darker” e “Persona 5”, que misturam exploração, estratégia e narrativas complexas.
Ao mesmo tempo, jogos como “Etrian Odyssey” e “Legend of Grimrock” reviveram o formato clássico de exploração em primeira pessoa, com labirintos baseados em grade e foco na construção de mapas, uma homenagem direta aos primeiros jogos do gênero.
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Tipos e variações do gênero
Os títulos clássicos do Dungeon Crawler priorizavam a sobrevivência e o mapeamento manual. Já as versões modernas, como “Legend of Grimrock” e “Etrian Odyssey”, mantêm a essência com interfaces atualizadas. Já jogos como “Slay the Spire” e “Loop Hero” inovam a experiência ao misturar cartas, estratégia e gerenciamento.
Franquias como “The Legend of Zelda”, “Baldur’s Gate” e “Final Fantasy” também incorporaram elementos de Dungeon Crawler ao longo de suas trajetórias. Eles combinaram exploração e narrativa sem se restringirem completamente ao gênero.
Entre os sucessos contemporâneos estão “Diablo”, “Persona”, “Torchlight”, “Dark Souls” e “Bloodborne”, que utilizam diversas mecânicas inspiradas no gênero, com ambientações ricas, desafios intensos e combates táticos.
Tipos de jogabilidade
Perspectiva visual
Os Dungeon Crawlers podem ser em primeira pessoa, mais imersivos (“Wizardry” e “Legend of Grimrock”), ou em terceira pessoa, com foco tático (“Diablo” e “Path of Exile”).
Estilo de combate
Podem ser baseados em turnos (“Etrian Odyssey” e “NetHack”), em tempo real (“Diablo” e “Grimrock”) ou de ação, com combates diretos e reflexivos (“Dark Souls” e “Bloodborne”).
Estrutura e ambientação
Há diferentes formatos: os roguelikes e roguelites, com morte permanente (“Hades” e “Dead Cells”); os de gestão de grupo, centrados em equipes (“Wizardry” e “Divinity: Original Sin II”); e os de mundo aberto, como “Dark Souls” e “The Elder Scrolls”.
Tematicamente, variam entre fantasia medieval, terror gótico e ficção científica, mas todos mantêm o mesmo propósito: enfrentar o desconhecido em busca de sobrevivência e recompensas.
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