20 de setembro de 2024
Compartilhe:

Finalizando a “turnê mensal” de abril pelos planetas do Sistema Solar, a Lua vai visitar Júpiter nesta quarta-feira (10). Na ocasião, nosso maior vizinho vai aparecer no céu bem próximo do satélite natural da Terra, em um fenômeno conhecido como conjunção astronômica.

De acordo com o site In-The-Sky.org, isso acontece às 18h09 (todos os horários mencionados estão no fuso de Brasília). Nesse momento, a Lua vai passar a pouco mais de 3º ao norte de Júpiter.

Configuração do céu no momento da conjunção entre a Lua e Júpiter nesta quarta-feira (10). Crédito: SolarSystemScope

Curiosamente, de São Paulo, o par estará se tornando visível exatamente durante a conjunção, aparecendo 15° acima do horizonte noroeste, à medida que o Sol se põe, e vindo a sumir no horizonte às 19h29. 

Enquanto a Lua estará em magnitude de -11.6, a de Júpiter será de -2.3, com ambos na constelação de Áries. Quanto mais brilhante um objeto parece, menor é o valor de sua magnitude (relação inversa). O Sol, por exemplo, que é o corpo mais brilhante do céu, tem magnitude aparente de -27.

Leia mais:

  • Por que países voltaram a disputar uma corrida pela Lua?
  • A dança cósmica da Lua em um fantástico vídeo da NASA
  • Mistérios espaciais: por que não existem luas gasosas?

Antes de Júpiter, os planetas que receberam a visita da Lua este mês foram Marte e Saturno, no mesmo dia (6), e Vênus (7). Essa série de conjunções que a Lua faz mensalmente ocorre porque ela orbita a Terra aproximadamente no mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol, chamado plano da eclíptica.

Grande Mancha Azul pode revelar segredos magnéticos de Júpiter

Se pensarmos em oceano simplesmente como um grande corpo líquido, então o maior oceano do Sistema Solar está em Júpiter. Diferentemente dos mares terrestres, formados por água, o oceano joviano é composto por hidrogênio em um estado peculiar: líquido metálico, submetido a pressões imensas e temperaturas elevadas.

As últimas pesquisas revelam a complexidade desse oceano. Mudanças significativas em um curto período de quatro anos indicam uma dinâmica interna mais intrincada, conectando eventos atmosféricos a anomalias magnéticas detectadas pela sonda Juno, da NASA. 

Comparável em forma ao campo magnético terrestre, mas vinte vezes mais potente, Júpiter possui um dipolo magnético, com polos norte e sul conectados por linhas magnéticas. Peculiaridades surgem de elementos como a lua vulcânica Io, que gera plasma influenciando a magnetosfera, e uma longa faixa magnética no hemisfério norte.

No entanto, uma característica verdadeiramente enigmática é a “Grande Mancha Azul”, uma vasta região circular próximo ao equador de Júpiter – apesar do nome, sua cor não é exatamente azul. Estudos recentes da sonda Juno revelam um jato atmosférico associado a essa mancha, apresentando variações periódicas em órbitas consecutivas. Saiba mais aqui.

O post Lua se encontra com Júpiter esta semana apareceu primeiro em Olhar Digital.

Fonte: https://olhardigital.com.br/2024/04/09/ciencia-e-espaco/lua-se-encontra-com-jupiter-esta-semana/