O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou, nesta segunda-feira (4), uma nova versão do levantamento Nomes no Brasil, que traz um panorama inédito sobre os nomes e sobrenomes mais comuns do país, com base nos dados atualizados do Censo 2022. Além de atualizar o ranking de nomes próprios, o estudo amplia o escopo da pesquisa ao incluir, pela primeira vez, os sobrenomes mais usados pelos brasileiros.
A atualização confirma uma tradição que atravessa gerações: Maria e José seguem como os nomes mais recorrentes entre os mais de 140 mil registrados no país. Já no campo dos sobrenomes, Silva é a maioria, aparecendo em quase 17% da população. Ao todo, o censo identificou mais de 200 mil sobrenomes diferentes.
Totalmente reformulado, o site do projeto agora permite cruzar informações por gênero, período de nascimento, localidade e letra inicial. O público pode gerar rankings personalizados por município, estado ou para todo o Brasil. O sistema também calcula a idade mediana associada a cada nome, revelando quais estão em ascensão ou em declínio.
Em cidades cearenses como Morrinhos e Bela Cruz, por exemplo, cerca de 22% dos moradores se chamam Maria. Já em Santana do Acaraú (CE), uma em cada dez pessoas é registrada como Ana. No Piauí, o nome Antonio é predominante em Buriti dos Montes, onde representa 10% da população local. No campo dos sobrenomes, 43% dos habitantes de Sergipe possuem Santos em seus registros. Em Alagoas e Pernambuco, Silva aparece em mais de um terço dos nomes (35,75% e 34,23%, respectivamente).
A análise por década de nascimento também evidencia as transformações nas preferências ao longo do tempo. Nomes tradicionais, como Osvaldo e Terezinha, hoje associados a idades medianas de 62 e 66 anos, deram lugar a escolhas mais recentes, como Gael e Helena, com médias de apenas 1 e 8 anos.
Outra seção do portal é dedicada à Onomástica, o estudo científico dos nomes. Nela, o visitante pode conhecer curiosidades e compreender o que nomes e sobrenomes revelam sobre a identidade cultural e as transformações da sociedade brasileira.
Outra novidade é o mapa-múndi Nomes no Mundo, que apresenta os nomes e sobrenomes mais populares de cada país e faz comparações com os registros brasileiros. O usuário pode descobrir, por exemplo, que o sobrenome chinês Wang pertence a 1.513 pessoas no Brasil, ou que os nomes bolivianos mais comuns, Juan e Juana, somam 67.908 e 3.113 registros nacionais, respectivamente.
O IBGE ressalta, contudo, que nomes com menos de 20 registros podem não aparecer nas buscas, em respeito ao sigilo estatístico. Da mesma forma, dados geográficos só são exibidos quando há incidência suficiente para evitar identificação individual.
Confira os sobrenomes mais comuns no Brasil:
- Silva: 34.030.104
- Santos: 21.367.475
- Oliveira: 11.708.947
- Souza: 9.197.158
- Pereira: 6.888.212
- Ferreira: 6.226.228
- Lima: 6.094.630
- Alves: 5.756.825
- Rodrigues: 5.428.540
- Costa: 4.861.083
- Sousa: 4.797.390
- Gomes: 4.046.634
- Nascimento: 3.609.232
- Araujo: 3.460.940
- Ribeiro: 3.127.425
- Almeida: 3.069.183
- Jesus: 2.859.490
- Barbosa: 2.738.119
- Soares: 2.615.284
- Carvalho: 2.599.978
- Martins: 2.576.764
- Lopes: 2.337.914
- Vieira: 2.102.389
- Rocha: 2.044.495
- Dias: 2.035.387
- Goncalves: 2.028.298
- Fernandes: 1.835.974
- Santana: 1.815.982
- Andrade: 1.707.452
- Batista: 1.703.130
Os dados completos podem ser consultados no site oficial do IBGE.
* Fonte: Correio Braziliense
Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/11/marias-joses-silvas-e-santos-ibge-revela-os-nomes-e-sobrenomes-mais-comuns-do-brasil/
