O Maranhão é o terceiro estado o país que mais investe em Ciência e Tecnologia com recursos próprios. É o que mostram os dados apresentados pelo Centro de Estudos Sociedade, Universidade e Ciência (SoU_Ciência) nesta sexta-feira (7). Por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) foram investidos R$ 125,2 milhões em 2024, somados recursos próprios do Governo do Maranhão e das agências de fomento.
Os dados foram apresentados durante o lançamento do Módulo FAPs – Fundações de Amparo à Pesquisa, novo item do Painel de Financiamento da Ciência & Tecnologia e das Universidades Federais. O estudo feito pelo SoU_Ciência considerou o total de recursos investidos em 2024 pelas principais agências de fomento em todos os estados e o Distrito Federal para demonstrar o papel das fundações estaduais no fortalecimento da ciência e na defesa de políticas públicas para o setor.
Em 2024, o Maranhão investiu um total de R$ 125.289.754,70 no apoio à pesquisa científica. Deste total, 51,69% foram recursos próprios, por meio Fapema, que destinou R$ 64.758.761,47 para o fomento em Ciência, Tecnologia e Inovação.
O valor global investido em 2024 inclui, também, R$ 28.628.724 em recursos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), representado 22,85% do total destinado ao setor no estado; R$ 18.973.213,51 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), 15,14%; e R$ 12,929.055,45 da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), 10,32%.
Para o presidente da Fapema, Nordman Wall, os dados evidenciam o papel central do Governo do Maranhão, por meio da Fundação, para o avanço da ciência e tecnologia no estado, além de ser motor para o desenvolvimento acadêmico e científico maranhense.
“Nós, da Fapema, temos a responsabilidade em garantir que o Maranhão se destaque na formação acadêmica e profissional, que são pilares fundamentais para o desenvolvimento científico e tecnológico. Hoje, temos um ecossistema científico robusto no Maranhão, com projetos inovadores que são referência em várias áreas. Esse é um trabalho coletivo que envolve o Governo do Maranhão, por meio da Fapema, as universidades e centros de pesquisa do estado e os próprios pesquisadores, que são os protagonistas desse trabalho”, ressalta Nordman Wall.
No entanto, Nordman Wall destaca que ainda há desafios a serem superados no fomento ao ecossistema científico do estado. “Ao mesmo tempo que ficamos satisfeitos com este reconhecimento em nível nacional dos esforços feitos pela Fapema, ainda há muito trabalho a ser feito para ampliar o número de pesquisadores no estado e garantir o apoio necessário para o desenvolvimento pleno do seu trabalho. O Governo do Maranhão, por meio da Fapema, vai seguir comprometido em investir continuamente para progredir a cada ano”, assinala.
Durante o evento de lançamento do estudo, transmitido ao vivo por meio do Youtube, o presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), Márcio de Araújo Pereira, afirmou que, entender o financiamento público da Ciência & Tecnologia e das Universidades Federais é essencial para compreender os avanços e o futuro do Brasil em termos econômicos, sociais e ambientais.
“Neste sentido as FAPs têm papel fundamental, pois são as referências junto ao ecossistema científico e de inovação dos seus estados. Claro que ainda há desequilíbrio neste ecossistema nacional seja pelo volume de recursos disponível em cada estado ou pelas suas condições socioeconômicas, mas percebemos o esforço de todas as FAPs em ampliar ano após ano a promoção da pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, inovação e seus agentes”, declarou Márcio de Araújo Pereira.
Investimentos que impactam na qualidade de vida
Os investimentos feitos pela Fundação impactam na qualidade de vida da população maranhense e no desenvolvimento do Maranhão já que se trata de recursos investidos em diversas áreas, que tiveram asseguradas bolsas de pesquisa, incentivo à inovação tecnológica, apoio a programas de pós-graduação, além do financiamento a projetos científicos inovadores que têm impacto na geração de emprego e renda por meio do apoio a empresas e startups.
Em outubro deste ano, a Fapema divulgou o resultado final do edital Plano Maranhão 2050: Soluções Inovadoras, o maior em volume de recursos da história da Fundação. Com investimento total de R$ 10 milhões, foram selecionados 71 projetos de 16 municípios do Estado.
Ainda em outubro, a Fapema, Finep e CNPq lançaram o Programa Centelha III com recursos de R$ 6 milhões para apoiar startups maranhenses. E durante a 22ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) – Maranhão 2025 foram lançados três editais que juntos somam R$ 9,5 milhões para o desenvolvimento de projetos de inovação tecnológica em empresas maranhenses, apoio a acervos museológicos e para ampliar a formação de mestres e doutores no Estado do Maranhão.
Módulo FAPs – Fundações de Amparo à Pesquisa Desenvolvido em parceria com o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), o módulo apresenta uma visão inédita e sistematizada sobre o financiamento estadual da ciência, com base em dados orçamentários das 27 FAPs brasileiras. A iniciativa busca fornecer subsídios para compreender como as fundações contribuem para sustentar a pesquisa científica nos estados e fortalecer o debate público sobre o financiamento da ciência no país.
O estudo reforça a defesa da ciência como bem público e estratégico, destacando o papel essencial das FAPs para garantir a continuidade da pesquisa, especialmente em contextos de restrição orçamentária e de ameaças de privatização de áreas fundamentais do sistema científico nacional.
*Fonte: Governo do Maranhão
Fonte: https://oimparcial.com.br/ciencia/2025/11/maranhao-esta-entre-os-estados-que-mais-investem-em-ciencia-e-tecnologia-com-recursos-proprios/
