Raposa celebra aniversário destacando turismo náutico e tradição das rendas de bilro

A poucos quilômetros de São Luís (cerca de 28 km pela MA-203, em um trajeto de 40 minutos), o município de Raposa se revela um destino imperdível. Mais do que suas belezas naturais e culinária marcante, a cidade é o berço de uma arte secular: a Renda de Bilro.

O som rítmico do “toc-toc” dos bilros é a trilha sonora local. O tradicional Corredor das Rendeiras é o ponto de encontro onde o colorido dos fios ganha vida, recebendo os visitantes com o melhor do artesanato que se tornou o símbolo máximo da identidade raposense.

A artesã Josinete de Araújo explica que os primeiros moradores da Raposa eram pescadores vindos de Acaraú, no Ceará, e que a atividade artesanal acompanha a história do município desde sua formação. Ela aprendeu a técnica com a mãe, que também herdou o ofício de gerações anteriores.

Apesar da importância cultural, Josinete afirma que a nova geração demonstra pouco interesse em aprender a confecção das rendas. Para evitar que a prática desapareça, o município incluiu aulas de renda de bilro nas escolas, como forma de preservação e incentivo.

Com mais de 20 anos de experiência no artesanato, Josinete conta que a renda mudou sua vida em vários aspectos. O trabalho permitiu independência financeira, motivação para buscar novos objetivos e conquista de formação superior. “A renda despertou a vontade de progredir como pessoa, empreendedora e artesã. Mudou minha vida em todas as áreas”, revelou.

Além das rendas, o turismo náutico é outro destaque econômico de Raposa. A guia Márcia Moreira Abreu atua no setor há uma década e descreve a experiência como gratificante. Segundo ela, quem visita o município encontra atrativos naturais, gastronomia típica e passeios que apresentam um panorama completo das belezas locais. O peixe grelhado ao molho é um dos pratos mais procurados pelos visitantes.

Ela explicou que os passeios variam conforme o tempo de duração e o pacote contratado:

“Com 2 horas de duração, banho do marisco, Fronhas Maranhenses – 50 reais por pessoa. Com 4 horas de duração, banho do marisco, visita ao criatório de ostras, Fronhas Maranhenses – 70 reais por pessoa. E com 8 horas de duração, o passeio segue pelas Fronhas Maranhenses, criatório de ostras, Ilha de Curupu, banho do marisco – 90 reais por pessoa”, concluiu.

Ao longo dos roteiros, os turistas têm contato com dunas, manguezais, águas calmas e áreas preservadas, reforçando a vocação natural de Raposa para o ecoturismo e o lazer marítimo.

Ao celebrar mais um ano de história, Raposa segue unindo tradição e natureza, preservando o artesanato que marca sua identidade e fortalecendo o turismo sustentável. Entre rendas, culinária e belezas naturais, o município cresce mantendo vivas as raízes que ajudaram a construir sua história.