21 de novembro de 2025
STF determina início do cumprimento da pena de cabeleireira que
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A mais recente pesquisa do Ranking dos Políticos revela um Congresso fragmentado diante de qualquer proposta de anistia relacionada aos atos antidemocráticos do 8 de janeiro. Embora a maioria dos parlamentares descarte uma anistia ampla, cresce a percepção de que alguma flexibilização nas penas pode avançar no médio prazo, sobretudo em 2026.

O levantamento ouviu 107 deputados de 20 partidos e 27 senadores de 12 legendas, respeitando a proporcionalidade das bancadas, incluindo base governista, oposição e independentes. As entrevistas foram realizadas entre 21 e 31 de outubro, presencialmente ou por telefone, por profissionais treinados. A pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais e 95% de confiança.

Segundo Luan Sperandio, diretor de operações da instituição, o resultado reflete o peso político e simbólico do tema.

“Apesar de ser uma pauta sensível, existe uma tendência clara de prudência entre deputados e senadores. As análises destacam que predomina a expectativa de que nenhuma medida de anistia seja aprovada, mas parcela expressiva aponta para uma redução de penas, especialmente em 2026”, afirmou.

Entre os deputados, 36,5% avaliam que nenhuma medida será aprovada. Ainda assim, parte relevante admite algum tipo de flexibilização:

18,7% acreditam em redução de penas em 2026;

13,1% apostam nessa possibilidade já em 2025;

7,5% veem chances de anistia ampla ainda este ano;

12,1% imaginam que isso possa ocorrer em 2026;

12,1% não souberam responder.

No Senado, pessimismo maior

A resistência é ainda mais forte entre os senadores: 48,2% acreditam que nenhuma medida será aprovada, 29,6% apontam para uma redução de penas em 2026 e apenas 3,7% esperam mudanças já no próximo ano. O apoio à anistia ampla permanece baixo: 7,4% veem espaço até 2026 e outros 3,7% mencionam 2025. Os indecisos somam 7,4%.

O conjunto de dados indica um Legislativo disposto a evitar desgastes sobre o tema. Segundo a análise, qualquer alteração deve surgir de forma gradual, após longas negociações e somente quando o debate público estiver menos acirrado.

“O resultado deixa claro que, apesar de existir apoio relevante à pauta da anistia, há baixa expectativa de que o tema seja levado ao plenário no curto prazo. Há preocupação entre lideranças influentes quanto à repercussão pública e aos desdobramentos jurídicos”, explicou Sperandio.

Apesar da resistência, já existe um projeto de anistia aguardando votação na Câmara. A proposta, relatada pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), teve urgência aprovada em setembro, mas ainda não há consenso político suficiente para que o texto avance ao plenário.

O que foi o 8 de janeiro

Em 8 de janeiro de 2023, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inconformados com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. O Congresso Nacional foi o primeiro alvo, seguido pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Palácio do Planalto.

*Fonte: Correio Braziliense

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Fonte: https://oimparcial.com.br/noticias/2025/11/pesquisa-mostra-que-congresso-esta-dividido-sobre-anistia-do-8-de-janeiro/