O Maranhão foi destaque na primeira semana da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em debates focados na educação ambiental e em estratégias para a sustentabilidade. O estado apresentou ações de universidades e da rede pública de ensino para o enfrentamento da crise climática.

Universidades em Ação

Reitores da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) e da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (Uemasul) participaram do painel “Contribuição das Universidades no Enfrentamento da Crise Climática e no Desenvolvimento Sustentável”.

  • Uema: Apresentou pesquisas e programas de conservação da biodiversidade e fortalecimento da ciência na Amazônia Legal, voltados diretamente para o combate às mudanças climáticas.
  • Uemasul: Enfatizou o trabalho com comunidades indígenas em Amarante e Montes Altos, que inclui o curso de Medicina com disciplinas específicas e a oferta de bolsas permanência para garantir o acesso e a permanência dos estudantes indígenas.

Bioeconomia e Qualificação Profissional

Em parceria com o Ministério da Educação (MEC), a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) debateu os avanços do programa Pronatec Bioeconomia na Amazônia Legal. O Maranhão apresentou sua experiência na oferta de cursos técnicos que unem empreendedorismo e saberes tradicionais.

A iniciativa é um vetor fundamental de sustentabilidade, pois já beneficiou mais de três mil pessoas com 119 turmas, contribuindo para gerar emprego e renda e fortalecer as cadeias produtivas locais com uso responsável dos recursos naturais.

Inovação Estudantil com Resíduos

Demonstrando o protagonismo juvenil, o Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) de Tutóia apresentou um projeto inovador: a produção de combustível sólido de alto rendimento a partir de cascas de coco e serragem.

O projeto surgiu como uma solução sustentável e econômica para reduzir o descarte inadequado de resíduos abundantes na região turística, promovendo renda, reciclagem e educação ambiental.