O governador do estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), informou ao ministro do Supremo Tribunal Federal que 32 dos 60 policiais civis que utilizavam câmeras corporais na Operação Contenção não tiveram suas imagens registradas, por conta de uma falha nos servidores da empresa responsável pelo equipamento. Ao todo, de acordo com o Ministério Público, 128 policiais civis participaram da operação.
Com relação à Polícia Militar, Castro informou que há um pedido em andamento na corregedoria. De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, 215 policiais faziam parte do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), dos quais 77 utilizavam câmeras corporais (36%).
O ofício foi juntado nesta segunda-feira (17) nos autos da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 635 (ADPF das favelas). Ele detalha que, “no âmbito da polícia civil, registra-se a utilização de 62 câmeras corporais por policiais civis integrantes da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), sendo que dois servidores utilizaram dois equipamentos distintos durante a operação, totalizando o uso efetivo por 60 policiais.”
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Castro relata dificuldades técnicas para operar câmeras
De acordo com Castro, “diversos servidores relataram dificuldades na retirada dos equipamentos no início da operação e, após acionamento técnico junto à empresa L8, constatou-se que uma das docas (estação de carregamento e armazenamento) apresentava falha, ocasionando a inoperância de 32 câmeras.” Além do ofício, o governo fluminense juntou um print de um e-mail à empresa que fornece as bodycams, em que pede esclarecimentos sobre as falhas.
A Operação Contenção reuniu 2.500 agentes de segurança pública no dia 28 de outubro de 2025, em torno da missão de combater o avanço do Comando Vermelho no Rio de Janeiro. A ação terminou com 121 mortos, incluindo quatro policiais, além de 113 presos. A operação também apreendeu 122 armas, 12 explosivos e 15 veículos.
O principal alvo da operação, Edgar Alves (Doca), está foragido. Apontado como líder máximo do Comando Vermelho, ele possui 26 mandados de prisão em aberto. A casa do criminoso, conhecida como “Toca do Urso”, é vigiada por criminosos armados 24 horas por dia.
Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/brasil/operacao-contencao-metade-das-cameras-corporais-da-pc-falhou/
