19 de novembro de 2025
IBGE: Número de trabalhadores com ensino superior aumenta no Brasil
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O nível de escolaridade da força de trabalho brasileira continua avançando de forma consistente. Dados divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE mostram que a proporção de ocupados com ensino superior completo chegou a 23,4% em 2024, acima dos 22,9% registrados no ano anterior. O crescimento é expressivo quando comparado a 2012, quando apenas 14,1% dos trabalhadores tinham diploma universitário.

As informações integram a Pnad Contínua, que monitora características adicionais do mercado de trabalho. Os números confirmam uma tendência de longo prazo: mais brasileiros permanecem na escola por mais tempo e ingressam no mercado com níveis educacionais mais altos.

Faixa com ensino médio é a mais numerosa

O grupo mais representativo da população ocupada continua sendo o de trabalhadores com ensino médio completo e superior incompleto. Em 2024, essa parcela chegou a 43,4%, avançando em relação a 2023 (42,8%) e registrando salto significativo frente a 2012, quando representava 35,7%.

O avanço desse grupo acompanha a ampliação do acesso ao ensino médio e à graduação, além da necessidade crescente de qualificação exigida pelas empresas, sobretudo em setores que passaram por transformação digital e expansão tecnológica nos últimos anos.

Redução entre trabalhadores com menor escolaridade

Na contramão das faixas mais escolarizadas, segue em queda o número de trabalhadores com menor instrução. Em 2024, 13,6% dos ocupados tinham ensino fundamental completo e médio incompleto, percentual inferior ao de 2023 (14%). A redução também aparece no grupo sem instrução ou com fundamental incompleto, que caiu de 20,3% para 19,6% no mesmo período.

Os dados reforçam o movimento de substituição gradual da mão de obra menos qualificada por trabalhadores com escolaridade mais alta, acompanhando mudanças estruturais na economia e na oferta de vagas.

Home office perde espaço após pico na pandemia

Outra tendência observada pelo IBGE diz respeito ao local de trabalho. A modalidade home office, que chegou ao ápice em 2022, vem perdendo força pelo segundo ano consecutivo. Após saltar de 5,8% em 2019 para 8,4% em 2022, a participação de trabalhadores atuando em casa caiu para 8,2% em 2023 e recuou novamente para 7,9% em 2024.

Embora a redução seja gradual, o índice ainda permanece acima do período pré-pandemia, indicando que o trabalho remoto não desapareceu, mas se estabiliza como modalidade complementar, especialmente em atividades administrativas, tecnológicas e de serviço especializado.

Fonte: https://agendadopoder.com.br/ibge-numero-de-trabalhadores-com-ensino-superior-aumenta-no-brasil-e-bate-recorde-em-2024/