Greve da 1001 segue sem acordo e entra no 11º dia

A segunda feira, 24, começa com a paralisação da empresa Expresso 1001 completando 11 dias e mantendo o sistema de transporte de São Luís em cenário de instabilidade. O impasse entre rodoviários, empresários e Prefeitura segue sem avanço, e a possibilidade de uma paralisação geral a partir da próxima quarta-feira, 26, já é considerada pela categoria.

O movimento teve início após reclamações de atrasos no adiantamento salarial de novembro e no cumprimento de cláusulas previstas na Convenção Coletiva. Os rodoviários afirmam que os atrasos se tornaram frequentes e que a falta de repasses da Prefeitura ao Sindicato das Empresas de Transporte dificulta o pagamento dos trabalhadores. O último subsídio, referente a setembro, foi repassado apenas em 10 de outubro, e desde então não houve nova transferência.

Com o prolongamento da greve e o aumento das dificuldades operacionais, representantes do setor informam que, se não houver definição sobre os repasses nem avanços nas negociações, todo o sistema de transporte poderá ser suspenso na quarta feira. A possível paralisação total preocupa usuários, que já enfrentam longos intervalos e linhas reduzidas desde o início do movimento.

Para tentar intermediar uma solução, a Câmara Municipal de São Luís realiza uma audiência pública nesta terça feira, 25, às 14h. Foram convidados para a mesa de debate o secretário municipal de Trânsito e Transporte (SMTT), Maurício Itapary; o diretor-executivo do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET), Paulo Pires; o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (STTREMA), Marcelo Brito; e representantes das empresas envolvidas.

Caso não haja acordo, a capital pode enfrentar, já nos próximos dias, a maior interrupção do transporte coletivo dos últimos anos.